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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 106

Leonardo

O silêncio no corredor parecia gritar em meus ouvidos enquanto eu subia as escadas. Cada passo reverberava como uma acusação. Amber estava em algum lugar da casa, mas tudo o que eu sentia era sua ausência. Algo estava errado. Eu sabia disso desde o momento em que Magnus a trouxe de volta.

Não era só o fato de ela não ter dito nada. Não era só o olhar vazio que ela lançou antes de desaparecer pelos corredores. Era o jeito como o ambiente parecia ter perdido toda a sua luz com a sua saída.

Parei na entrada de um dos quartos de hóspedes, respirando fundo antes de abrir a porta. Vazia. Fechei de novo, um pouco mais rápido desta vez. Minha mente girava, tentando entender.

“Magnus,” chamei, descendo de volta ao andar principal. Ele estava onde sempre ficava, próximo ao escritório, alerta como sempre.

“Senhor?” ele respondeu, endireitando-se imediatamente.

“Como ela estava quando saiu da terapia?”

Magnus hesitou. Uma fração de segundo, mas o suficiente para me alertar. “Abalada, senhor. Muito. Não falou nada durante o caminho. Mas... ouvi gritos vindo da sala enquanto esperava.”

Gritos.

A palavra reverberou na minha mente. Minha Amber. Gritando.

“Obrigado, Magnus,” consegui dizer, minha voz mais firme do que esperava. Ele me observou com atenção, mas não questionou quando me afastei rapidamente.

Agora, eu precisava encontrá-la.

Subi as escadas, passando pelos corredores em silêncio, abrindo portas com cuidado, um a um. Cada quarto vazio fazia meu coração bater mais rápido. Quando finalmente a encontrei, meu peito apertou.

Ela estava encolhida na cama, os braços envolvendo as pernas, tremendo como um passarinho ferido. O rosto escondido contra os joelhos. Aquela imagem era um golpe. Ela parecia tão pequena, tão quebrada.

Entrei no quarto sem hesitar, fechando a porta atrás de mim e girando a chave na fechadura. Não queria que ninguém a incomodasse.

"Amber," chamei baixinho, enquanto me aproximava.

Ela não respondeu, mas quando me sentei na cama e a puxei para meu lado bom, não resistiu. Enterrou o rosto em meu peito, agarrando minha camisa como se fosse sua última conexão com a realidade.

"Estou aqui," murmurei, acariciando seus cabelos. "Você é tão especial, tão forte... Me perdoa por não ter te protegido antes."

Seus soluços diminuíram um pouco, mas a intensidade de sua dor ainda me atingia como uma tempestade.

"Leo," ela sussurrou, a voz trêmula. "O que eu te contei... sobre meu passado? Quando eu ainda...quando nós ainda éramos nós."

"O quê?" ela perguntou, confusa.

"Seus documentos," repeti. "Vou investigar. Descobrir se ele ainda está vivo. Não podemos ser pegos de surpresa."

Ela hesitou, seus olhos cheios de incerteza. "Não quero mexer nisso..."

"É importante, Amber," insisti, minha voz baixa, mas firme.

Ela respirou fundo, parecendo debater consigo mesma antes de finalmente falar. "A madrasta... acho que se chamava Guina. Não sei se era o nome verdadeiro ou um apelido."

"Isso já é um começo," respondi, acariciando seu rosto suavemente. "Vou buscar informações sobre os dois. E vou mantê-los longe. Nada vai te machucar de novo."

Ela fechou os olhos, descansando a testa contra meu peito. Seus braços relaxaram ligeiramente ao meu redor, mas ainda podia sentir a tensão em seu corpo.

"Eu prometo," murmurei contra seus cabelos, a abraçando com mais força. "Por mais que eu tenha falhado antes, dessa vez não vou deixar você lutar sozinha."

Ficamos assim, o mundo lá fora desaparecendo enquanto eu mantinha Amber segura em meus braços.

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