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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 108

Amber

A noite foi um tormento, um ciclo interminável de pensamentos inquietos e cenários aterrorizantes sobre o dia que se aproximava. O relógio parecia congelado, cada minuto arrastando-se como uma eternidade enquanto eu me revirava na cama, incapaz de encontrar descanso. Quando finalmente amanheceu e o despertador soou, percebi que havia passado mais uma noite em claro. Fazia uma semana desde que eu e Leonardo recebemos a notícia da audiência, e o peso daquela data pendia sobre mim como uma nuvem carregada.

No quarto, ajustei meu blazer azul-marinho pela décima vez, a tensão em meu corpo tão forte que mal podia respirar. O som da porta se abrindo me tirou dos pensamentos, e me virei para encontrar Leonardo entrando, seu porte imponente mesmo sem a tipoia.

"Por que você está sem a tipoia?" perguntei, cruzando os braços, tentando esconder o quanto a visão dele ainda fazia algo em mim vacilar.

Ele sorriu, aquele sorriso que parecia carregar um segredo. "Fui liberado só para hoje. Não posso passar vulnerabilidade na frente daquele idiota."

Ele se aproximou com passos firmes, seus olhos presos nos meus. Antes que eu pudesse responder, senti seus braços ao redor da minha cintura e seus lábios tocando meu pescoço com familiaridade. Meu corpo reagiu antes que minha mente pudesse protestar, um calor se espalhando como fogo por minha pele. Era impressionante como aquilo estava se tornando algo... natural. E, ao mesmo tempo, assustador.

Eu sabia que não deveria me iludir, não sabia o que ele realmente sentia ou queria. Mas bastava um toque, um beijo, uma promessa dele para que minhas defesas ruíssem.

"Pronta?" ele perguntou, sua voz grave reverberando contra o meu cabelo.

"Sim," menti, lutando para manter a compostura enquanto meu coração disparava.

"Então vamos, o carro já está nos aguardando."

No corredor, Tomaso nos esperava com um sorriso caloroso. "Boa sorte," disse, acenando para nós. "Estamos todos ansiosos para a comemoração."

Forcei um sorriso, mas meu coração estava pesado. A ideia de um resultado negativo me assombrava como um peso constante.

No carro, Leonardo segurou minha mão, seus dedos entrelaçados nos meus, transmitindo uma força silenciosa que eu não sabia se merecia. O caminho foi um borrão, o nervosismo corroendo cada parte de mim. Quando chegamos, fotógrafos se aglomeravam na entrada do tribunal, suas câmeras disparando incessantemente. Magnus, sempre atento, nos levou para um estacionamento privado, longe da confusão.

"Obrigada," falei assim que descemos.

"Esse é meu trabalho, senhora Bayer." ele falou sorrindo para mim.

Leonardo me direcionou pela passagem de entrada, e andamos por alguns corredores até chegarmos no local da audiência.

"Hobbins, o resultado, onde está?" Leonardo o questionou assim que paramos. Seu advogado já nos aguardava na antessala.

"Ainda não temos acesso ao resultado," disse olhando novamente para um tablet em suas mãos. Ele assentiu, mas a tensão em seu maxilar revelava sua frustração.

O som de passos ecoou pelo corredor, e eu sabia antes mesmo de me virar que era Peter. Ele entrou com sua postura arrogante, seus olhos pousando imediatamente em mim, descendo pelo meu corpo de forma invasiva. Instintivamente, me coloquei mais perto de Leonardo.

Segurei a respiração, minhas mãos apertando os braços da cadeira com tanta força que doíam.

"O teste do senhor Leonardo Martinucci deu negativo."

O mundo pareceu parar. O sangue fugiu do meu rosto enquanto as palavras ecoavam na minha mente. Olhei para Leonardo, mas ele parecia estranhamente calmo.

"Como esperado," ele disse baixinho para Hobbins. "Peter deve ter fraudado."

A risada de Peter preencheu a sala, cortando o silêncio como uma lâmina. "Finalmente! Agora posso pegar meus-"

"Senhor Calton," o juiz o interrompeu, sua voz cortante. "O teste do senhor também deu negativo."

O silêncio que se seguiu foi ainda mais pesado. Peter olhava para o juiz, atônito, enquanto eu tentava compreender o que aquilo significava.

"Como... como assim?" murmurei, minha voz quase inaudível.

Leonardo permaneceu firme, mas pude ver em seus olhos que aquilo era só o começo de mais uma batalha. Enquanto o juiz continuava a falar, um pensamento claro tomou conta de mim: e se Leonardo também estivesse me enganando?

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