Amber
"Além disso," o juiz continuou, sua voz firme e controlada cortando o silêncio pesado da sala, "há outros exames pendentes que serão analisados amanhã."
Peter levantou-se abruptamente, sua expressão furiosa. "Como assim outros exames? Que história é essa? Eu não pedi outros exames."
"Senhor Calton, mantenha-se em seu lugar," o juiz ordenou, lançando-lhe um olhar severo antes de continuar. "Dois exames adicionais foram solicitados pelo senhor Martinucci. Um deles emitido pela embaixada italiana, considerando os potenciais direitos de cidadania dos menores."
Peter explodiu, sua voz reverberando pela sala. "Isso é um ultraje! Eu não fui informado sobre nada disso! É ilegal! Não aceito esses exames, quero que sejam feitos por laboratórios de minha confiança."
Leonardo, ao meu lado, apertou minha mão, inclinando-se ligeiramente para sussurrar em meu ouvido. "Eu disse que ele tentaria sabotar o primeiro exame. É tão previsível quanto incompetente."
Assenti, sentindo um calor tranquilizador percorrer meu corpo. Sua confiança era contagiante, mas também me fazia sentir uma pontada de culpa por ter duvidado dele por um instante.
"Fraudar um exame é o máximo que você consegue fazer, não é?" Leonardo retrucou, sua voz carregada de sarcasmo. "E ainda assim, falhou miseravelmente. Aceite as consequências de seus atos."
Peter, com o rosto contorcido de raiva, avançou como se fosse atacar. Leonardo me puxou rapidamente para trás, colocando-se entre nós, antes que Peter pudesse chegar mais perto. Em segundos, os seguranças do tribunal o seguraram, impedindo qualquer ação.
"Você nunca mais vai chegar perto dos meus filhos," Leonardo declarou, cada palavra uma sentença. "É melhor achar outro truque, porque seu teatro acabou aqui. Minha família está segura e longe da maldade que você transborda."
"Ordem na sala!" o juiz bateu o martelo, sua voz retumbando sobre a confusão. "Audiência encerrada. Retornaremos amanhã com os resultados adicionais."
"Isso não vai ficar assim." Leonardo sorriu e se virou para mim, erguendo suas mãos, e as colocando em meu rosto com carinho.
"Eles são nossos, eu sei, e o juiz também, ou não teria concordado com os novos exames assim que solicitei."
"Meu medo é que Calton faça algo para nos prejudicar mais uma vez." ele me deu um beijo leve nos lábios e sorriu.
"Ele tem que nascer de novo para ver se vem com um pouco de inteligência." sorri, olhando por cima do seu ombro, enquanto o homem gesticulava, e exasperava com o advogado. "Vamos sair." ele me indicou.
"Amber, qual sua dúvida agora?" chacoalhei a cabeça e tentei me afastar no pequeno espaço, mas ele não deixou, me puxando para seu círculo protetor.
"Não é dúvida, Leo, é medo. Depois que descobri sobre meu pai, o que mais posso descobrir? O que mais há escondido? Meu medo é saber que criamos essa história, e que no final eles também não sejam seus."
Ele segurou meu queixo, forçando-me a olhar para ele. "Eles são meus, Amber. E amanhã você terá sua resposta. Mas já posso garantir algo: minha nonna tem um instinto impecável para reconhecer o sangue da família.
"Eu não..." mas seus dedos se pousaram sobre meus lábios.
"Não vamos discutir sobre isso, vamos deixar os exames de amanhã provarem o que eu tenho certeza bem aqui..."a mão dele segurou a minha e pousou em seu coração. Mas eu tenho uma dúvida." o encarei com os olhos brilhando, a emoção me atingindo com força.
"Qual dúvida?"
"O que fará quando eles forem declarados meus?" ele perguntou, um sorriso provocador dançando em seus lábios.

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