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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 110

Leonardo

O silêncio no carro era quebrado apenas pelo som de nossas respirações. O espaço confinado parecia amplificar cada pequeno movimento, cada emoção. Inclinei-me em direção a Amber, meu coração martelando contra o peito, mas minha expressão permanecia tranquila. Seus olhos verdes fixavam-se nos meus, intensos, buscando respostas que eu não estava disposto a esconder.

Quando ela mordeu o lábio inferior - aquele gesto que parecia feito para me desarmar - não consegui resistir. Meu polegar deslizou suavemente sobre sua boca, sentindo a maciez de sua pele e absorvendo a eletricidade que irradiava entre nós.

"Você ainda não respondeu minha pergunta," sussurrei, a proximidade tornando minhas palavras quase íntimas. "O que você fará quando eles forem declarados meus?"

Amber suspirou, sua voz vacilante. "Eu... eu não sei." Suas palavras carregavam o peso de anos de incertezas. "Rezo todas as noites para que a Amber do passado tenha sido esperta o suficiente para dar um pai decente para os filhos. Porque só Deus sabe o quanto me recriminei por sequer cogitar que Peter pudesse ter algum parentesco com eles."

Eu ri, baixinho, uma risada carregada de compreensão e ternura. "E você?" perguntei, minha voz ganhando um tom deliberado. "O que fará, Amber? Afinal, nós não temos laços de sangue."

Ela congelou, seu corpo tensionando como se eu tivesse a atingido com um golpe. "O que você quer dizer com isso?" Sua voz tremeu, carregada de confusão e medo. "Eu não vou me afastar das crianças. Jamais!"

"Nem eu deixaria," respondi, minha mão subindo para a nuca dela, entrelaçando os dedos em seus fios vermelhos. "Na verdade, estou propondo que você se case comigo."

Os olhos de Amber se arregalaram, um choque puro estampado em sua expressão. "Que tipo de pergunta é essa, Leonardo?" Sua voz era quase um sussurro, como se temesse a resposta que estava prestes a ouvir.

"A pergunta mais natural que posso fazer," respondi com calma, embora minha pulsação estivesse acelerada. "Quero minha família unida, meus filhos e a mãe deles comigo. Uma família de verdade. É tão apavorante assim?"

Observei enquanto suas emoções se debatiam em seus olhos, descrença, medo, esperança. "Você me quer mesmo assim? Quebrada, destroçada, cheia de peças faltando?" Sua vulnerabilidade me atingiu como uma lâmina.

Minha garganta apertou ao lembrar daqueles dias, da dor da sua ausência, mas continuei. Peguei sua mão esquerda, acariciando o dedo anelar com reverência, como se estivesse segurando algo sagrado. "Desta vez, Amber, não vou deixar você fugir sem uma resposta."

O momento entre nós era carregado de emoção e desejo, um fio invisível nos unindo ainda mais. Eu podia sentir o leve tremor em seu corpo, cada respiração sua em sincronia com a minha. Tudo o que eu era ansiava por ela, sua alma quebrada, suas cicatrizes, e sua luz. Eu a curaria, colaria cada parte partida pelas minhas escolhas erradas. A faria inteira como antes.

Amber era tudo o que eu precisava, mesmo antes de saber que estava procurando por ela.

Ela me encarou, seus olhos marejados prendendo os meus, como se estivesse tentando encontrar as palavras certas. O mundo parecia parar enquanto esperava, meu coração batendo com a força de uma tempestade. Se ela dissesse sim, eu sabia que finalmente teria encontrado o pedaço que faltava da minha alma.

Se ela dissesse não... bem, eu continuaria pedindo, até que ela dissesse sim.

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