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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 112

Amber

Quando Bella apontou para a aliança, meu coração disparou, um turbilhão de emoções me atingindo. Seus olhos brilhavam com curiosidade inocente, mas a pergunta simples carregava um peso que eu mal conseguia processar. Por um momento, hesitei, lutando entre manter aquilo em segredo ou reconhecer o que aquele anel significava para mim e para ela. Com um sorriso suave, respirei fundo e finalmente respondi:

"Foi um presente do tio Leo," minha voz ligeiramente tremula enquanto olho para Bella, seu rostinho cheio de curiosidade fixo na aliança que agora brilha no meu dedo.

"Poquê?" ela pergunta, inclinando a cabeça de lado como se tentasse decifrar o mistério. "É anivesário da mamãe?"

"Não, meu amor," digo suavemente, mas antes que consiga elaborar, Bella já corre em direção a Leonardo, suas tranças balançando com cada passo decidido.

"Tio Leo!" ela exclama, sua voz doce enchendo a sala e atraindo a atenção de todos. "Eu posso ganha um pesente bonito assim também?"

Antes que Leonardo pudesse responder, sinto uma mãozinha pequena e quente segurando a minha. Olho para baixo e vejo Louis, com os olhos tão brilhantes quanto os diamantes do anel. Ele examina a joia com atenção, sua expressão fascinada. "Eu também quelo um, bem biante!" declara com convicção, sua inocência me arrancando um sorriso.

Meu sorriso desaparece rapidamente ao som da bengala de Nonna Rosa se aproximando. O ritmo constante contra o chão parece ecoar como um julgamento. Ela para ao meu lado, seus olhos perspicazes pousando primeiro no anel e depois em mim. Lentamente, ela segura minha mão, seus dedos enrugados traçando o contorno da aliança. Meu corpo todo fica tenso, e seguro a respiração enquanto espero pela sua reação.

"Não é uma joia da família," ela declara abruptamente, virando-se com precisão militar em direção a Leonardo. Antes que ele pudesse reagir, a bengala voa em sua direção, acertando sua canela com força. "Por que não deu a ela uma joia da família, neto?"

Leonardo solta um murmúrio abafado, inclinando-se para esfregar a perna enquanto tenta não demonstrar muito desconforto, provavelmente por causa do ombro ainda em recuperação. "É só um presente, Nonna," ele responde, sua voz calma, mas com um toque de cansaço. "Queria que Amber se sentisse bem-vinda. Foi um agrado, só isso."

De repente, os olhos de Bella se enchem de lágrimas, grandes e brilhantes. Ela olha para ele, sua voz trêmula de tristeza. "Eu não mereço pesente poque não gosta de mim?"

"É de alegria, meu amor," sussurro, segurando sua mãozinha e beijando-a com carinho. "Mamãe percebeu o quanto está feliz."

Sem perceber, sinto a mão de Nonna Rosa em minha cabeça, seus dedos ásperos, mas incrivelmente ternos, acariciando meus cabelos como se quisesse me confortar. "Può sentirsi al sicuro qui, tesoro, ("Pode se sentir segura aqui, querida.")" ela murmura, sua voz baixa e cheia de emoção. "Esta família vai cuidar de você."

As palavras dela penetram fundo, tocando uma parte de mim que sempre ansiou por acolhimento, por pertencimento. Mais lágrimas brotam dos meus olhos, mas dessa vez são menos sobre dor e mais sobre esperança.

Olho para Leonardo, que nos observa de onde está, sua expressão mais suave do que eu jamais tinha visto. É como se ele também estivesse vendo algo se encaixar, algo que faltava. Seus olhos encontram os meus, e por um momento tudo ao redor desaparece. Ali, no calor de sua presença e no amor que cerca todos nós, sinto que talvez seja possível curar não apenas minha memória, mas também meu coração.

A risada alegre das crianças ecoa pela sala, misturando-se com os sorrisos satisfeitos dos adultos. Talvez este seja o começo de algo que nem em meus sonhos mais otimistas eu imaginei que pudesse ter: uma família, amor e, acima de tudo, segurança. Peça por peça, sinto que algo em mim está sendo reconstruído, e dessa vez, não estou sozinha.

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