Amber
Minha respiração estava descompassada, meu corpo relaxado e leve, ainda preso às sensações que ecoavam pelo meu corpo. Leonardo estava recostado, os olhos brilhando com um misto de satisfação e ternura enquanto limpava os lábios com o dorso da mão. Ele parecia tão satisfeito quanto predador, mas eu sabia que isso estava longe de ser o fim.
"Você está bem?" ele perguntou, a voz baixa e gentil, contrastando com a intensidade de antes.
Assenti, incapaz de formar palavras. Meu corpo ainda vibrava, e cada músculo parecia acordado, alerta. Mas então, percebi o leve movimento de desconforto no ombro dele, e minha preocupação rapidamente tomou o lugar do êxtase.
"Você não devia se esforçar tanto, Leo," murmurei, deslizando minha mão até seu peito, tentando ignorar a tensão em seus músculos.
Ele abriu um sorriso malicioso, um daqueles que sempre fazia meu coração tropeçar. "Eu não me esforcei," disse, suas palavras carregadas de um humor suave. "Só estava fazendo o que queria há muito tempo."
Seus dedos tocaram minha mandíbula, guiando meu rosto para encontrar os olhos dele. O olhar de Leonardo era intenso, como se ele quisesse gravar cada detalhe daquele momento.
"Amber," ele começou, a voz baixa, quase um sussurro. "Eu quero que você saiba que não importa o que aconteceu antes, ou o que você lembra. O que importa é o que estamos construindo agora."
"Leo..." comecei a dizer, mas ele me silenciou com um beijo lento e cheio de promessas. Ele sempre tinha essa capacidade de me desarmar completamente com um simples gesto.
"Acha que consegue continuar?" O sorriso torto que ele me deu prometia que aquela noite seria longa.
Antes que eu pudesse responder, ele me puxou para o colo dele, sem pensar no próprio ombro ferido. "Leo!" exclamei, surpresa. Vi o franzir de sua testa, mas ele ignorou a dor.
"Não precisava fazer isso, era só pedir," disse, tentando parecer séria, mas sentindo o calor subir pelo meu corpo quando percebi como ele estava pronto, pressionado contra mim.
"Não consigo mais esperar, B. Estamos brincando disso há dias. Se tiver que me segurar de novo, vou ficar louco," ele disse com uma expressão de falsa aflição que me fez rir. A risada se transformou em algo mais quando ele me beijou com intensidade, suas mãos segurando meu quadril com firmeza.
"Quero retribuir," sussurrei, um tanto hesitante, enquanto deslizava minha mão pelo peito dele, sentindo a textura de sua pele quente sob meus dedos.
"Minha Amber," ele murmurou antes de me beijar novamente, nossas bocas se encontrando em uma fusão desesperada. Ele deslizou lentamente para dentro de mim, cada movimento repleto de carinho e controle.
"Não quero te machucar," ele sussurrou, a voz quase um gemido, enquanto começávamos a nos mover em sincronia.
"Você não vai," respondi, segurando seus ombros, ignorando qualquer preocupação com seu ferimento. A maneira como ele me tocava, venerava meu corpo com cada gesto, fazia qualquer dúvida desaparecer.
Os movimentos eram lentos, cheios de propósito, uma dança de entrega e paixão. Cada gemido, cada suspiro, cada toque era uma promessa de que este momento era nosso, sem passado ou futuro, apenas o agora.
Quando o clímax veio, gritei o nome dele, sentindo meu corpo se desfazer em prazer. Ele me segurou firme, sussurrando meu nome com a mesma intensidade, como se isso fosse tudo que importava.
E naquele momento, eu soube que estava exatamente onde deveria estar.

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