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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 12

Amber

O motor do carro roncou quando Peter pisou no acelerador. Me encolhi contra a porta, sentindo o cheiro de uísque em seu hálito, ele devia ter bebido após meu "desaparecimento". Minhas mãos tremiam tanto que as prendi entre os joelhos, tentando disfarçar.

As luzes da cidade passavam em borrões pela janela enquanto ele dirigia em silêncio. Era sempre assim antes de suas explosões, primeiro o silêncio sufocante, depois...

"Onde você estava?" Sua voz cortou o ar, baixa e controlada. Perigosa.

"Já disse," engoli em seco, rezando silenciosamente para que Leonardo tivesse pensado em tudo, "estava na enfermaria. Pode checar se quiser, eu-"

O carro freou bruscamente no semáforo, me jogando para frente. Peter virou-se em minha direção, seus olhos brilhando de uma forma que eu conhecia bem demais.

"Você realmente," ele alcançou meu rosto, seus dedos apertando meu queixo com força, "acha que eu sou idiota?"

"Peter, você está me machucando," tentei me soltar, mas ele apenas apertou mais.

"Machucar?" Sua risada era fria. "Querida, você não viu nada ainda. Continue mentindo e descobrirá o que é dor de verdade."

Algo dentro de mim estalou. Talvez fosse o medo pelos gêmeos, talvez fossem as revelações da noite, não sei. Mas me vi gritando:

"Por que está agindo assim? Eu não fiz nada!"

O sinal abriu e ele acelerou violentamente, me jogando contra o banco. As ruas estavam praticamente desertas àquela hora, e o velocímetro subia sem parar.

"Sabe o que é pior que uma mentirosa?" Ele nem olhava mais para a estrada, seus olhos fixos em mim. "Uma vadia ingrata que acha que pode me fazer de idiota."

"Peter, olhe para frente!" Agarrei o painel quando ele fez uma curva fechada. "Você vai nos matar!"

"Nos matar?" Outra gargalhada, mais histérica que a anterior. "Não, meu amor. Eu não vou morrer. E quer saber?" Ele acelerou ainda mais, ultrapassando perigosamente outro carro. "Ninguém sentiria sua falta."

"PARE!" Gritei desesperada. "Meus filhos precisam de mim! Louis e Bella-"

"CALA A BOCA!" sua mão voou para o meu lado, mas me abaixei instintivamente.

O carro entrou na nossa rua cantando pneus, parando brutalmente na garagem. Antes que eu pudesse me mover, ele já estava do meu lado, abrindo a porta e me puxando para fora pelos cabelos.

"Peter, por favor..." implorei enquanto era arrastada para dentro de casa.

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