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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 123

Amber

"Consegue andar?" Magnus perguntou, a voz baixa, mas cheia de urgência. Seus olhos avaliavam cada detalhe do meu estado, enquanto eu tentava me manter de pé.

"Sim..." comecei a responder, mas minhas pernas cederam, tremendo tanto que ele não hesitou. Num único movimento, me ergueu em seus braços como se eu fosse leve como uma pluma.

"Esconda o rosto," ele murmurou. Não era um pedido; era uma ordem. Enterrei meu rosto em seu peito, envergonhada e completamente arrasada. Não queria que ninguém me visse assim — machucada, humilhada, frágil. Joguei meus cabelos sobre o rosto, para evitar qualquer foto de algum paparazzi a paisana.

Magnus caminhou rápido até o carro, seus passos firmes e decididos. Assim que me colocou no banco de trás, fechou a porta e entrou no banco do motorista. O motor rugiu, e partimos.

Foi então que o pânico tomou conta. "As crianças!" gritei, segurando seu braço. "Elas ameaçaram as crianças, Magnus! Leonardo não pode deixá-los sozinhos! Temos que voltar. Por favor! Volte, Magnus!"

Ele pegou o celular imediatamente, mantendo os olhos na estrada. "Antonio, a senhorita Bayer acabou de sofrer um ataque e acreditamos que pode haver outro em andamento. Retorne com a família agora mesmo. Não os deixe sozinhos nem por um segundo, entendeu?" Sua voz era dura como aço.

Eu estava sufocada pelo medo. Cada palavra daquelas mulheres ecoava na minha mente, me fazendo tremer ainda mais. Então o celular de Magnus tocou novamente. Ele olhou para a tela e me entregou. "É Leonardo."

O nome dele brilhava no visor. Meu coração disparou. Hesitei, minhas mãos tremendo. Mas precisava ouvir sua voz. Atendi.

"Magnus, onde ela está?" A voz potente de Leonardo encheu meus ouvidos, carregada de preocupação e fúria. Instantaneamente, as lágrimas que tentei segurar transbordaram.

"Leo... sou eu," solucei, incapaz de segurar o desespero. "A gente devia saber... não seria tão fácil assim."

"Como você está? O que fizeram com você?" A raiva em sua voz era palpável, quase tangível.

"Algumas escoriações," respondi, tentando minimizar, mesmo com a dor latejando por todo o meu corpo. "Nada grave, mas a ameaça também foi contra as crianças. Não os deixe sozinhos, por favor. Tire meus filhos dai, Leo. Eu não quero que eles fiquem aí, elas disseram que estão nos observando."

O silêncio do outro lado da linha era denso, carregado de fúria contida. Quando ele finalmente falou, sua voz era um juramento sombrio: "Ninguém vai tocar em vocês. Ninguém. Essa m*****a está na minha lista há anos, e agora encontrará o fim em minhas mãos."

Encostei a cabeça no vidro do carro, o mundo passando em borrões de cores indistintas. Cada palavra dita pelas mulheres no banheiro martelava na minha mente. As ameaças contra meus filhos, a crueldade fria em suas vozes, a dor que ainda pulsava em meu corpo – tudo parecia me engolir.

Toquei meu lábio ferido, o corte ardendo como um lembrete cruel de minha impotência naquele momento. Como posso proteger meus filhos quando nem consegui defender a mim mesma? Como garantir sua segurança quando as ameaças parecem vir de todos os lados?

"Amber," a voz de Leonardo cortou o caos em minha mente como uma lâmina precisa, sua tonalidade baixa e carregada de intensidade. "Escute bem: não vou abandonar vocês. Não vou deixar que mais ninguém os toque. Martina, Peter, ou qualquer outro que ousar cruzar esse limite – eles pagarão por isso. Cada um deles. Vou acabar com tudo antes que possam sequer pensar em ferir vocês novamente. Grave minhas palavras: Martina não sabe o que despertou, mas acabou de conhecer o pesadelo da própria existência."

O tom dele não era apenas furioso, era calculado. Havia um peso deliberado em cada palavra, um controle que fazia minha respiração vacilante começar a se estabilizar. Ele não estava apenas reagindo; ele estava planejando. Cada ordem, cada decisão, cada ação era parte de uma estratégia maior que só Leonardo poderia executar. Ele não era apenas um homem protetor, era um estrategista meticuloso, determinado a manter todos os que amava em segurança, a qualquer custo.

Por mais que sua presença me confortasse, um pensamento sombrio pairava no fundo da minha mente. Quanto mais ele nos amava, mais nos tornávamos alvos. A única certeza que eu tinha era o amor de Leonardo, e agora até isso parecia perigoso.

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