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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 124

Leonardo

Desligo o celular tremendo de raiva. Nem mesmo no dia mais importante da nossa vida tínhamos um pouco de paz.

"Cadê a mamãe?" A vozinha de Louis corta o ar como uma faca, carregada de preocupação infantil que só faz meu coração apertar ainda mais.

"Ela não estava se sentindo bem, piccolo," respondo com uma calma que não sinto, enquanto forço um sorriso para tranquilizá-lo. "Magnus a levou para casa para descansar."

Bella puxa minha camisa, seus olhos grandes e brilhantes fixos em mim. "A mamãe tá doente, papai?"

"Não é nada sério, principessa," murmuro, passando a mão em seu cabelo. "Ela só precisa descansar um pouco, está bem?"

Meus pais, sentados à mesa com os gêmeos, trocam olhares carregados de preocupação. Mamma tenta disfarçar, mas seus olhos revelam tudo. Papà parece prestes a fazer perguntas, mas eu balanço a cabeça ligeiramente, sinalizando que falaremos depois. Por ora, o foco é tirar as crianças daqui em segurança.

A volta para casa é tensa. Os seguranças formam uma barreira cerrada ao nosso redor, seus olhares atentos vasculhando cada canto da rua. O clima está carregado de tensão, mas os pequenos estão distraídos o suficiente para não perceber.

Assim que chegamos, entrego as crianças aos meus pais, que, mesmo relutantes, os conduzem para outro cômodo. Subo as escadas de dois em dois degraus. Tudo o que quero é encontrar Amber.

Ao entrar no quarto, meu coração se aperta. Ela está encolhida na cama, um corpo frágil envolto em escuridão emocional. Sem pensar duas vezes, vou até ela e a puxo para meus braços. Ela desmorona imediatamente, os soluços violentos sacudindo seu corpo, como se estivesse tentando expulsar o terror.

"Shh, estou aqui," murmuro, minha mão acariciando seus cabelos. Mas quando afasto os fios para olhar seu rosto, meu sangue congela. Hematomas começam a se formar, um corte em seu lábio ainda está fresco, e o inchaço ao redor da bochecha é evidente. Um misto de raiva e dor me domina.

"Conhecia alguma delas?" pergunto, tentando manter a voz firme apesar da fúria que borbulha sob a superfície.

Ela balança a cabeça, suas palavras quase inaudíveis entre os soluços. "Não... Elas já estavam lá... estavam me esperando."

Meu maxilar trava. "Eu vou descobrir quem elas são," prometo, minha voz carregada de uma determinação sombria. "E vou acabar com elas. E com Martina."

Finalmente, a Dra. Gabriela chega, sua postura firme e profissional dominando a cena. Ela avalia a situação com um olhar clínico e se aproxima lentamente.

"Sr. Martinucci," diz, sua voz calma mas inflexível. "Preciso que me deixe a sós com ela."

Minha reação instintiva é recusar. Mas sei que ela está certa. Amber precisa de ajuda agora, e eu não sou suficiente para tirá-la deste estado. Relutante, aproximo-me de Amber uma última vez, envolvendo-a em meus braços com cuidado.

"Estou aqui, B," sussurro contra seus cabelos. "Eu não vou a lugar nenhum. Você está segura."

Ela não responde, mas parece relaxar levemente em meu abraço antes que eu me force a soltá-la.

Saio do quarto com o coração pesado, sentindo como se deixasse um pedaço de mim para trás. No corredor, chamo Magnus com um gesto. "No escritório. Agora."

Enquanto descemos as escadas, cada passo é carregado de fúria contida. Martina cruzou a linha. E vou garantir pessoalmente que ela nunca mais tenha a chance de machucar quem eu amo. Ela acabou de cometer seu maior erro. E será o último.

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