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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 127

Leonardo

O quarto estava silencioso, exceto pelo som suave da respiração de Amber enquanto ela despertava. Seus olhos se abriram lentamente, encontrando os meus. Havia surpresa neles, misturada com algo mais – algo quente e familiar que despertou um aperto doce no meu peito.

"Como se sente?" perguntei, mantendo a voz baixa, tentando não a sobrecarregar. Resisti ao impulso de me aproximar imediatamente, deixando que ela tivesse seu espaço.

"Melhor, acho," respondeu, sentando-se na cama e passando as mãos pelo cabelo de maneira nervosa. "Só... um pouco confusa."

Me levantei da poltrona e caminhei até a beirada da cama. Sentei-me ao seu lado, observando-a cuidadosamente. O rubor que subiu em suas bochechas me deixou intrigado, algo a mais estava acontecendo, mas não queria pressioná-la.

"A Dra. Gabriela me contou sobre a sessão," comecei, observando-a com atenção. "E sobre a ideia de fazer aulas de defesa pessoal."

Amber desviou o olhar para suas mãos, que ainda tremiam levemente. "Ela acha que isso pode ajudar... com o medo."

Sem hesitar, cobri suas mãos com as minhas. Seu corpo estremeceu levemente ao toque, mas ela não recuou. "Vamos fazer juntos," sugeri, minha voz firme, mas cheia de ternura.

Seus olhos se ergueram, cheios de surpresa. "Juntos?"

"Sim," disse, um pequeno sorriso surgindo em meus lábios. "Já pratiquei jiu-jitsu há um tempo. Podemos recomeçar juntos. Será uma forma de nos conectarmos e, ao mesmo tempo, de você se sentir mais segura. Assim, você sabe que estou ao seu lado em cada passo, e eu garanto que ninguém vai sequer pensar em machucar você de novo."

Ela mordeu o lábio, um hábito que sempre me desarmava. "Você faria isso por mim?"

"Faria qualquer coisa por você, B," respondi, minha voz saindo mais rouca do que pretendia.

Um brilho diferente apareceu em seus olhos, algo entre reconhecimento e vulnerabilidade. Ela parecia lutar contra algo dentro de si. "Leo," sussurrou, e o som de meu nome escapando de seus lábios me atingiu com força. Era como se estivéssemos em um momento que transcendeu o agora.

"Sim?" incentivei, inclinando-me levemente, o suficiente para sentir a suavidade de sua respiração contra minha pele.

"Eu... tive um sonho," ela começou, hesitante. Seus olhos baixaram para o lençol por um momento antes de se fixarem de novo em mim. "Com você. Parecia tão real."

Meu coração deu um salto, mas mantive minha expressão tranquila. "Que tipo de sonho?"

"Estávamos em seu escritório," ela continuou, a voz quase inaudível. "Você me observava trabalhar. Então... você me beijava."

O desejo de fazer desse sonho realidade era quase esmagador. Mas me forcei a manter o controle. "Talvez," falei suavemente, afastando uma mecha de cabelo de seu rosto, "isso não tenha sido só um sonho. Talvez seja uma memória tentando voltar."

"Mas não me lembro de ter um computador na sua sala, e ele era grande o bastante para eu me lembrar." sorri de lado.

"Depois que você sumiu, eu mandei guardar seu computador. Você tinha sua sala no outro prédio da empresa, mas sempre que precisava trabalhar até mais tarde, você vinha ficar na minha sala comigo e reclamava que precisava de mais monitores, então eu providenciei." ela sorriu.

"Vou te contar tudo que eu souber, B. Mas falar de Francesca ainda é doloroso." Ela segurou meu rosto com suas pequenas mãos e o acariciou.

"Eu sinto muito..." seu lábio tocou o meu com cuidado, e me esforcei para não beijá-la, já que o machucado ainda estava aberto.

"Agradeço pelo seu cuidado, B, mas eu que deveria estar cuidando de você e não o contrário." ela se afastou, e sorriu.

"Somos bons em cuidar um do outro então."

"É acho que somos, e vamos melhorar isso começando suas aulas de autodefesa amanhã. O que acha?"

"Eu adoraria."

Forçando-me a recuar, mantive sua mão na minha, apertando-a levemente. "Agora descanse um pouco mais. Vou pedir para Maria trazer algo leve para você comer. Depois, podemos ir ver os gêmeos. Eles estão ansiosos para te ver."

"Obrigada, Leo," ela disse, sua voz carregada de emoção. Mais uma vez, aquele olhar de reconhecimento passou por seus olhos, e isso bastava para me encher de esperança.

Eu me levantei, relutante em deixá-la, mas sabia que ela precisava de tempo. Enquanto caminhava para a porta, minha mente estava tomada pela imagem de seu sorriso e pela promessa de criar novas memórias juntos. Cada pequeno passo como este era um avanço – um avanço em direção ao nosso passado compartilhado e, mais importante, ao futuro que estávamos começando a construir.

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