Leonardo
O som das caixas sendo abertas e fechadas ecoava pelo quarto como um lembrete constante da busca incessante. Quando Magnus finalmente encontrou o fundo falso no guarda-roupa, todos os meus sentidos se aguçaram. Lá estava ele, o pequeno pen drive que parecia carregar mais peso do que seu tamanho sugeria.
"Vamos para a empresa," sugeri, já formulando um plano em minha cabeça. "Podemos analisar isso com segurança lá."
"Não," Amber respondeu imediatamente, pegando o pen drive da mão de Magnus. "Vou ver isso aqui mesmo."
Olhei para ela, meus olhos estreitando. "Você lembrou a senha do seu computador?"
"Não," admitiu, já ligando o computador. Seus dedos tamborilavam na mesa enquanto esperava o sistema inicializar, a impaciência transbordando dela.
Suspirei, sabendo que argumentar seria inútil. Ela estava determinada, como sempre. Me posicionei atrás dela, observando enquanto ela começava a digitar freneticamente, tentando diferentes combinações. A frustração ficou evidente em seus movimentos bruscos e no jeito que apertava os dentes.
"Calma," murmurei, começando a massagear seus ombros. Seus músculos estavam rígidos como uma corda prestes a arrebentar. "Não force tanto. As coisas vêm naturalmente."
"Estou cansada de não ter respostas," ela rebateu, mas o toque parecia acalmá-la, pelo menos um pouco. Continuei os movimentos suaves enquanto ela respirava fundo, concentrando-se novamente na tela.
De repente, seus olhos brilharam, e ela deu um pequeno pulo na cadeira. Seus dedos voaram pelo teclado, e um som satisfatório indicou que a senha estava correta.
"Consegui!" exclamou, girando para me olhar, seu sorriso iluminando o momento.
"Ótimo," respondi, retribuindo o sorriso. "Agora insira o pen drive."
Ela fez isso rapidamente e, em seguida, levantou-se, cedendo-me o lugar. "Sua vez. Eu não sei o que fazer a partir daqui."
Sentei-me, ajustando-me à cadeira. Comecei a navegar pelos arquivos, uma mistura de familiaridade e surpresa surgindo conforme os abria. Alguns eram a primeira versão do projeto que já conhecia, mas outros...
Franzi a testa ao encontrar uma série de pastas criptografadas. Minha mente estava trabalhando a mil, tentando entender o que aquilo significava. Havia algo ali que escapava, algo que ainda não conseguia conectar.
"E então?" Amber perguntou, inclinando-se sobre meu ombro. Sua voz estava carregada de expectativa. "Está certo? O que tem aí?"
"Preciso de mais tempo," admiti, ainda concentrado na tela. "Tem muita coisa aqui que preciso analisar com calma e que você veja comigo, pois a especialista em dados aqui é você, eu só sei o básico." ela me olhou triste.

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