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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 137

Amber

Entrar na empresa era como mergulhar em um oceano desconhecido, mas com ecos familiares ao fundo. Assim que atravessamos a porta de entrada, senti a necessidade de soltar a mão de Leonardo, um gesto inevitável para manter as aparências, mas que deixou um vazio instantâneo. Meu olhar capturava os rostos que viravam em nossa direção, as sobrancelhas erguidas, os sussurros que não faziam esforço para serem discretos.

"É ela?"

"Eu ouvi dizer que..."

"Voltou mesmo... quem diria."

"Bem-vinda de volta, senhorita Bayer." uma recepcionista me falou, e agradeci, ainda tensa com a situação.

O elevador, por mais breve que fosse, me deu um momento para respirar. Leonardo aproveitou para pegar minha mão novamente, seus dedos se entrelaçando nos meus com a segurança que só ele conseguia transmitir.

"Está tudo bem," ele disse, com um sorriso que era metade apoio, metade aviso. Seu polegar acariciava minha mão, um gesto simples, mas que fez minha respiração estabilizar.

As portas se abriram, e o momento de paz terminou. Caminhamos para o andar principal da empresa, e a familiaridade me atingiu como um golpe, mas não do jeito que esperava. Era um lugar que eu reconhecia de alguma forma, mas que agora parecia me examinar tanto quanto eu o fazia.

A secretária de Leonardo, Layla, foi a primeira a me abordar. "Senhorita Bayer!" Sua voz era animada, mas não exagerada. "Que bom tê-la de volta!" Ela mal esperou que eu respondesse antes de me cercar com informações e atualizações. Papéis na mão, uma caneta rodando entre os dedos, sua energia era tão constante que eu me sentia mais cansada só de observá-la.

"Obrigada, Layla," murmurei, tentando absorver o turbilhão de palavras enquanto meu olhar vagava para Leonardo, que já estava pedindo para convocar toda a diretoria. Meu estômago se revirou ao perceber o que ele estava prestes a fazer.

"Estou tão feliz que tudo tenha se resolvido," Layla continuou, sorrindo de um jeito sincero que quase me desarmou. "No final, tudo acaba se ajeitando, não é?"

Forcei um sorriso em resposta, agradecendo silenciosamente quando Leonardo colocou a mão na base das minhas costas e me guiou em direção à sala de reuniões. Mesmo sendo um toque breve e discreto, sua presença era suficiente para me lembrar de que não estava sozinha.

"Estamos indo bem, certo?" ele perguntou, assim que entramos na sala ainda vazia.

Revirei os olhos para ele, o nervosismo transparecendo. "Estou apavorada," admiti, cruzando os braços. "Mas vou enfrentar isso. Por nós. Só estou... com medo de não estar a altura."

"É só uma reintegração, você faz parte da história dessa empresa, e da minha também. Sei que agora parece estranho, mas logo sua mente vai mostrar como você comandava tudo aqui e vai entender como eram as regras do nosso jogo." ele piscou e senti vontade de me aproximar.

"Claro, porque se não bastasse eu ter sumido, ainda voltei com dois filhos seus e acredito que as pessoas aqui não sabiam sobre nosso relacionamento." seu olhar mudou, e o sorriso de lado se manifestou.

"Não, ninguém sabia. Mas com calma vamos resolver isso."

"Tudo bem," soltei o ar, que estava prendendo.

Ele riu suavemente, mas antes que pudesse continuar a conversa, as vozes do lado de fora indicaram que não teríamos mais privacidade.

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