Amber
Leonardo estava deitado no tapete da sala, segurando uma mamadeira de brinquedo e emitindo sons exagerados de choro. A cena era tão absurda que eu precisei apertar os lábios para não gargalhar alto. Ele, o poderoso e sempre sério Leonardo Martinucci, estava ali, interpretando o "bebê" de Bella com uma dedicação digna de um Oscar.
"Papai, bebês não cholam assim!" Bella reclamou, inclinando a cabeça com a seriedade de uma mãe de brincadeira. "Você tem que chorar mais baixinho!" Ela tentou empurrar a mamadeira para a boca dele novamente.
"Buáááá!" Leonardo respondeu, chorando ainda mais alto, balançando os braços de forma dramática. A sala explodiu em gargalhadas, até mesmo Nonna Rosa, que estava sentada no sofá, segurava o lenço no rosto para esconder as lágrimas de tanto rir.
Louis, claro, assumiu o papel de médico. Ele apareceu com seu pequeno kit de brinquedo, anunciando com solenidade: "Peciso da uma injeção no bebê! É pra ele fica fote."
"Não, doutor, eu estou bem! Não preciso de injeção!" Leonardo começou a se arrastar dramaticamente pelo tapete, fingindo fugir.
"Bebês pecisam tomar injeção!" Bella insistiu, segurando o "bebê" com firmeza. "E você não pode fugi, papai!"
"Buáááá! Salvem-me!" Leonardo implorou para os avós, mas ninguém ali estava disposto a salvá-lo de Bella e Louis, que estavam completamente no controle da situação.
Enquanto o caos tomava conta, me peguei observando a cena com o coração aquecido. Era tão simples e tão bonito. Naquele momento, qualquer tensão ou medo que carregávamos parecia ter desaparecido. Era só riso, amor e família.
Quando os pequenos finalmente começaram a dar sinais de cansaço, eles vieram para nossos braços como se fosse a coisa mais natural do mundo. Bella se aninhou contra o peito de Leonardo, e Louis deitou a cabeça em meu ombro. O peso deles, tão pequeno e confiável, me fez sorrir.
"Eu acho que isso é muito mais cansativo do que a academia." Leonardo falou fazendo todos rir.
"Pare de reclamar, neto, aproveite esse tempo precioso, logo eles crescem e você se arrepende de não ter brincado mais com eles." Olhei para Leonardo que admirava Bella, que agora estava com o celular dele nas mãos.
"Ah que tristeza ter que ir e deixá-los. Nosso voo é hoje à noite," Eleonora comentou, a voz cheia de emoção enquanto observava os netos. "Mas logo estaremos de volta para ficar com eles."
"E vocês precisam trazer os pequenos para conhecer Pomerode," Tomaso acrescentou, seus olhos brilhando ao olhar para as crianças. "Eles vão adorar."
Leonardo, acariciando os cabelos de Bella, assentiu. "Assim que tudo se acalmar," prometeu. "Com Martina e Peter agindo como loucos, não podemos nos arriscar agora. O melhor é neutralizá-los e ai sim seguir com a nossa vida."


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