Leonardo
Colocar as crianças na cama era um dos momentos que mais apreciava no dia, um ritual que, de alguma forma, parecia selar nossa unidade como família. Bella estava enroscada em sua coberta cor-de-rosa com estampa de unicórnios, enquanto Louis já lutava contra o sono, piscando lentamente, embora ainda insistisse que não estava cansado.
“Qual vai ser a história de hoje?” perguntei, ajustando o travesseiro de Louis enquanto Amber se sentava ao lado de Bella.
“Uma de dagões!” Louis anunciou, seu entusiasmo ofuscado pelo bocejo que escapou logo em seguida.
“E pincesas,” Bella acrescentou, lançando um olhar significativo para mim. “Mas o dagão é bonzinho.”
Amber riu suavemente, a melodia de sua risada preenchendo o quarto. “Um dragão bonzinho que ajuda a princesa a encontrar o castelo encantado?” sugeriu, lançando um olhar para mim.
“Perfeito,” respondi, sentando-me ao lado de Louis. “Então vamos lá…”
Enquanto Amber narrava a história, suas mãos acariciavam o cabelo de Bella em movimentos suaves. Eu fazia o mesmo com Louis, sentindo o peso de sua respiração desacelerar à medida que ele sucumbia ao sono. Amber tinha um jeito mágico com palavras, sua voz envolvendo o quarto em uma tranquilidade tão absoluta que até eu me sentia levado por ela.
“E então,” concluiu Amber, sussurrando, “o dragão e a princesa viveram felizes no castelo, protegendo todos que precisavam de ajuda.”
Bella murmurou algo incoerente, já quase dormindo. Louis já havia perdido a batalha completamente, a cabeça pesada contra o travesseiro.
As babás estavam na porta, observando com sorrisos suaves. Uma delas sussurrou: “Fiquem tranquilos, cuidaremos deles. Descansem.”
“Obrigada,” Amber respondeu, beijando a testa de Bella antes de se levantar. Fiz o mesmo com Louis, certificando-me de que as cobertas estavam bem ajustadas antes de deixar o quarto.
Ao voltarmos para nosso quarto, Amber suspirou. “Preciso de um banho,” disse, seu tom casual, mas o brilho em seus olhos dizia mais.
Sorri de lado, reconhecendo a deixa imediatamente. “Eu também,” respondi, meu tom propositalmente carregado de intenção.
Ela gargalhou, um som descontraído e alegre que reverberou pelo quarto, envolvendo tudo ao nosso redor. Era o tipo de riso que fazia meu peito apertar, mas não de dor – de pura admiração. Amber estava ali, feliz e tranquila, comigo. Depois de tudo que enfrentamos, nós estávamos aqui. Era um milagre cotidiano, e eu me pegava grato por cada segundo.
Puxei-a para mais perto, minhas mãos encontrando a curva perfeita de sua cintura enquanto capturava seus lábios em um beijo profundo e apaixonado. Seus suspiros escaparam, macios como seda, enquanto suas mãos subiam lentamente para os meus ombros, trazendo-me para mais perto. Meu corpo inteiro reagia a ela, cada toque, cada som, cada suspiro que parecia projetado para me incendiar.
“Ah... desculpe,” ela murmurou, afastando-se apenas o suficiente para olhar para o meu ombro. “Ainda está doendo?”
Respondi mordendo de leve seu lábio inferior, provocando um sorriso surpreso. “Esquece isso. Faça o que quiser comigo, B. Eu sou seu.”
O fogo que acendeu em seus olhos bastaria para consumir qualquer pensamento racional. Foi como um pacto silencioso entre nós, o banho, as preocupações, tudo poderia esperar.
Pressionei-a contra a parede com uma urgência quase desesperada, minhas mãos explorando seu corpo com reverência e desejo enquanto desfazia os botões de sua roupa. Ela não ficou para trás. Suas mãos eram ágeis, desabotoando minha camisa com uma determinação que fazia meu sangue ferver. Quando ela puxou meu cinto, lançando-o de lado, soltei uma risada rouca.



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