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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 183

Leonardo

Permaneci ao lado dela enquanto os acessos continuavam, seu corpo estremecendo a cada onda de náusea. Sua respiração vinha entrecortada, o peito subindo e descendo de forma irregular. Mas, aos poucos, ela foi recuperando o controle, os tremores diminuindo até que apenas sua respiração pesada restasse como evidência do mal-estar.

Quando, enfim, pareceu se sentir melhor, tentei ajudá-la a se levantar, mas ela me afastou com um gesto firme.

"Não", murmurou, a voz rouca e desgastada.

Sem esperar outra intervenção minha, Amber se virou e começou a caminhar até o sofá. Seus passos estavam hesitantes, os joelhos ameaçando vacilar, mas ela se recusava a ceder. Seu orgulho, sua raiva, sua vontade de se afastar de mim eram mais fortes do que o próprio corpo naquele momento.

O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor, interrompido apenas pelo som irregular da sua respiração. Ela ainda estava pálida, os lábios ligeiramente trêmulos, mas seus olhos me queimavam com a fúria de uma tempestade prestes a destruir tudo ao redor.

Ela queria sair dali.

Ela queria fugir.

Mas dessa vez, eu não ia deixar.

Amber tentou se levantar depois de alguns minutos, seu corpo ainda instável, mas antes que pudesse dar mais um passo, me coloquei em sua frente, bloqueando sua saída.

"Não." Minha voz saiu firme, carregada de uma convicção inabalável.

Os olhos dela brilharam com raiva, as mãos se fechando ao lado do corpo.

"Você não pode me impedir, Leonardo."

"Posso. E vou."

Ela cerrou os punhos ao lado do corpo. "Você não tem esse direito!"

"Tenho. E você sabe por que", minha voz veio baixa e cortante. "Da última vez que te deixei ir embora, você sumiu da minha vida por três anos. Eu não vou cometer o mesmo erro duas vezes."

Ela abriu a boca para retrucar, mas a tontura fez com que ela se apoiasse levemente na mesa. Um xingamento escapou de seus lábios, e um instinto mais forte do que eu, me fez segurar seus braços, mas ela se desvencilhou no mesmo instante.

"Não encosta em mim!"

Ignorei o pedido. Ela estava mal. E isso só me deixava ainda mais furioso.

"Você não está bem, Amber. Você está ofegante, pálida e tremendo. E ainda assim quer bancar a durona?"

Amber soltou uma risada seca, o tipo de riso que não trazia um pingo de humor.

"Não estou bancando nada, Leonardo. Olha para mim. Olha bem para o que você me fez passar!"

Ela abriu os braços, como se mostrasse a si mesma como prova. "Eu estou aqui, passando mal, com a cabeça girando, e ainda assim você tem a audácia de agir como se estivesse no controle?"

Apertei a mandíbula, sentindo o peso da acusação. "Eu nunca quis te machucar, Amber."

"Não? Então me diz o que é isso!?" Ela apontou para mim, os olhos ardendo. "Mais uma tentativa de me fazer acreditar que você sempre soube o que era melhor para mim? Que esconder a verdade foi pelo meu próprio bem?"

Minha paciência estava no limite.

"Eu fiz o que achei certo!"

"O que era certo para quem? Para mim ou para você?"

Eu passei as mãos pelo rosto, sentindo minha própria frustração me consumir.

"Eu só queria que tivéssemos uma chance sem o peso do passado nos assombrando", disse, minha voz mais baixa, mas ainda carregada de tensão.

Amber soltou um suspiro pesado, como se já soubesse a resposta antes mesmo de perguntar.

"E quem te deu esse direito, Leonardo?"

Fiquei em silêncio.

Ela riu, mas havia algo quebrado naquele som.

"Você me roubou, Leonardo."

Minha respiração travou no peito.

"Roubou meu passado, roubou minha escolha. Você decidiu tudo por mim, e agora espera que eu simplesmente... siga em frente?"

Minha garganta ficou seca.

"Você me odeia por isso?" minha voz saiu rouca.

183. O Preço da Mentira 1

183. O Preço da Mentira 2

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