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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 185

Amber

O silêncio dentro do carro era insuportável.

Leonardo estava ao meu lado, com os braços cruzados e o maxilar travado, enquanto eu permanecia o mais distante possível, com os olhos fixos na paisagem do lado de fora. Cada curva da estrada passava sem que trocássemos uma única palavra, mas o peso do que havia acontecido ainda pairava no ar como uma tempestade prestes a desabar.

Magnus, ao volante, parecia o único consciente do quão sufocante o clima estava. E pela primeira vez desde que o conheço, ele parecia incomodado. Seu olhar alternava entre mim e Leonardo pelo retrovisor, analisando cada expressão tensa, cada suspiro pesado, como se estivesse prestes a intervir.

Ele limpou a garganta, tentando quebrar o gelo.

"Bom, pelo menos a enfermeira disse que está tudo bem com o bebê, né?"

Nada. Nenhuma resposta.

Continuei olhando pela janela, ignorando o comentário, e Leonardo nem sequer moveu a cabeça. Magnus suspirou baixinho, desapontado, e voltou a focar na estrada.

Mas então, quando nos aproximamos da entrada da casa, tudo mudou.

A princípio, foi um brilho estranho na rua. Um clarão que piscava. Depois, vieram as vozes—altas, misturadas, frenéticas.

Foi quando vi.

Uma multidão de repórteres.

Câmeras apontadas para nós. Flashes disparando de todos os lados.

O choque me atingiu como uma onda gelada, subindo pela minha espinha e travando minha respiração.

"Mas que porra...?" Leonardo rosnou, endireitando-se no assento.

Os gritos atravessavam as janelas do carro, mesmo com os vidros fechados.

"Leonardo, como se sente ao ser enganado novamente?"

"Amber Bayer, a mulher que mentiu para Martinucci, agora está grávida de novo! Como ele conseguiu cair nessa outra vez?"

Meu corpo congelou.

Senti um peso esmagador no peito, minha respiração falhando.

"O que eles estão falando?" minha voz saiu fraca, mas Leonardo já estava tenso, os olhos afiados fixos na multidão.

Magnus acelerou levemente, a mandíbula travada. "Segurem-se."

Os seguranças avançaram na multidão, empurrando os repórteres para abrir caminho até o portão. As luzes dos flashes continuavam piscando sem parar, capturando cada segundo da nossa chegada.

Leonardo se virou para Magnus, sua voz uma mistura de fúria e incredulidade.

"Quem sabia dessa informação?"

Magnus não desviou os olhos da estrada, mas sua tensão era palpável.

"Pouquíssimas pessoas", respondeu de forma contida. "A enfermeira, você, Amber… e sua família."

O sangue latejou nos meus ouvidos.

"A enfermeira…", sussurrei, sentindo o nó apertar em minha garganta. "Ela não teria sido tão baixa a esse ponto…"

Leonardo soltou uma risada amarga. "E era exatamente isso que eu queria evitar, Amber!"

Me virei para ele, ainda tentando recuperar o fôlego. "E era por isso que você foi tão cruel com a enfermeira, não foi? Você sabia que isso podia acontecer. Você sabia o que estavam esperando para jogar contra nós."

A verdade me atingiu com um peso esmagador. Eu odiei admitir, mas dessa vez... ele estava certo

185. Sob os Holofotes 1

185. Sob os Holofotes 2

185. Sob os Holofotes 3

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