Magnus
Saí da mansão Martinucci com os pensamentos girando rapidamente, tentando ligar cada peça do quebra-cabeça que estávamos montando. O clima dentro da casa estava cada vez mais tenso, e agora sabíamos que havia alguém dentro da MGroup que estava sabotando a empresa. Se fosse mesmo Nádia, como Amber suspeitava, ela não estava agindo sozinha.
Peguei o telefone e disquei um número que já estava gravado na minha mente. O infiltrado.
O telefone chamou algumas vezes antes de ser atendido.
"Bom dia, senhor Magnus."
A voz jovem e controlada de Mateo Rinaldi preencheu a ligação. Ele não estava ali por acaso. Escolhido a dedo por sua habilidade excepcional em segurança cibernética, Mateo fazia parte do nosso plano para rastrear e expor quem estava vazando informações dentro da MGroup.
"Rinaldi," comecei, ligando o carro e saindo da propriedade. "O que você descobriu?"
"Ainda estou reunindo provas, mas tem algo interessante para te contar," ele respondeu, sem rodeios. "Hoje pela manhã, Nádia apareceu mais irritada do que o normal. Ela questionou a equipe de TI sobre as mudanças no sistema e exigiu saber quem estava mexendo nos acessos sem informá-la."
Meu maxilar se contraiu.
"Ela perguntou diretamente quem estava alterando as permissões?"
"Sim. E o mais interessante é que, quando ela se exaltou, três pessoas ficaram visivelmente nervosas."
Apertei o volante. "Quais nomes?"
"Patrick Miller, Simon Davis e Victor Lawrence."
Respirei fundo. Mais três nomes para adicionarmos à nossa lista de suspeitos.
"Você acha que estão envolvidos?"
"Não posso afirmar nada ainda, mas a reação deles foi muito suspeita. Pareciam desconfortáveis, como se tivessem acabado de perceber que alguma coisa mudou e estavam sendo pegos de surpresa. Se eu tivesse que apostar, diria que eles não esperavam que Nádia reagisse dessa forma. Foi como se percebessem que as alterações do sistema tinham um impacto direto neles."
Interessante. Isso significava que mais pessoas estavam envolvidas do que havíamos imaginado.
"E como está sua posição na empresa? Acha que eles suspeitam de você?"
"Até agora, tudo segue como planejado. Continuo com o trabalho normal de estagiário e não levantei suspeitas. Estou ouvindo conversas e pegando detalhes pequenos, mas ainda não tenho provas sólidas contra ninguém."
"Continue assim," instrui. "Não se exponha. Precisamos de certezas antes de agir."
"Entendido."
Desliguei a ligação, satisfeito com o progresso.
Peguei o telefone e rapidamente enviei uma mensagem para Leonardo.
"Rinaldi confirmou que Nádia está desesperada e que há mais três funcionários envolvidos. Continuamos no plano. Estou indo para a MGroup ver de perto."
Sem perder tempo, acelerei pela estrada, minha mente já arquitetando os próximos passos.
Cheguei à MGroup poucos minutos depois, passando pelos protocolos de segurança sem dificuldades. O prédio da empresa era um reflexo da grandiosidade dos Martinucci.
No elevador, subi direto para o andar da diretoria. O corredor estava silencioso, exceto pelo leve murmúrio de funcionários que passavam apressados. Meu destino era a sala de Leonardo.
Assim que entrei, fechei a porta e soltei um suspiro, observando a sala com atenção.
Martina tinha conseguido implantar uma escuta ali. Mas como?


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