Entrar Via

Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 198

Gabriela

Minhas mãos estavam frias. O peso da maçaneta sob meus dedos parecia mais forte do que deveria, como se abrir a porta exigisse uma força que eu não tinha. Quando finalmente girei a chave e deixei a entrada se abrir lentamente, meu coração já estava disparado.

E lá estava ele.

Magnus me observava com um olhar intenso, como se tentasse me decifrar. Seus olhos percorriam meu rosto, minha expressão, minhas mãos que tremiam levemente ao lado do corpo.

"Posso entrar?" Sua voz era baixa, mas firme.

Assenti, sem confiar na minha própria voz para responder.

Ele não hesitou. Cruzou o limiar da porta, fechando-a atrás de si, como se já soubesse que não iria embora tão cedo.

O silêncio entre nós se estendeu, denso e carregado de tensão. Eu não conseguia encará-lo diretamente. O peso de sua presença era reconfortante e sufocante ao mesmo tempo.

"Por que não atendeu minhas ligações?"

Minha respiração travou.

"Eu..." Minha voz falhou antes mesmo de eu conseguir formar uma desculpa plausível.

O que eu poderia dizer? Que a manhã começou normal, até aquela mensagem? Até meu passado me alcançar novamente e me deixar paralisada de medo?

Meus olhos se desviaram para o chão.

"Eu só... eu estou com enxaqueca."

Ele soltou um suspiro baixo.

"Gabriela..." Sua voz carregava paciência, mas também frustração.

Tudo o que eu mais queria naquele momento era me enroscar nos braços dele, sentir seu calor e implorar para que ele nunca mais me soltasse.

Mas se eu fizesse isso, mais cedo ou mais tarde ele pediria explicações.

E eu não estava pronta para dar. Talvez nunca estivesse.

Magnus deu um passo à frente, e o calor de seu corpo me envolveu antes mesmo de ele me tocar. Seu perfume amadeirado, familiar e reconfortante, preencheu o ar entre nós, trazendo uma ilusão de segurança que meu coração queria desesperadamente aceitar. Por um breve instante, a tempestade dentro de mim pareceu ceder, como se sua simples presença pudesse restaurar algo que há muito tempo estava quebrado.

Mas eu não podia me permitir acreditar nisso. Não agora. Não quando tudo dentro de mim gritava para fugir.

Um arrepio percorreu minha pele quando senti o toque sutil de seus dedos deslizando pelo meu rosto, afastando uma mecha solta de cabelo. Minha respiração vacilou.

Foi só então que percebi o quão perto ele estava.

Meu peito se apertou, e recuei um passo, como se seu toque queimasse.

A expressão dele se fechou por um instante.

"Eu fiz algo de errado?" Sua voz foi um sussurro, carregado de algo que parecia... dor.

"Não, Magnus, eu só..." As palavras saíram trêmulas. "Só não estou bem hoje, vai passar."

Ele estreitou os olhos.

"Desde quando você tem enxaqueca?"

"Desde pequena. Não queria preocupar ninguém," completei, tentando soar convincente.

Mas Magnus não parecia acreditar.

Ele me conhecia bem demais.

"Você quer que eu compre algum remédio? Alguma coisa que te ajude?" Sua voz era suave, mas firme, carregada de preocupação genuína.

"Não precisa," respondi rapidamente. "Só preciso ficar quietinha no escuro... até passar."

Era uma mentira. Eu sabia que era.

Porque aquele medo e desespero nunca iam passar.

Magnus cruzou os braços, me estudando.

Eu sabia o que ele estava fazendo.

198. Segredos não contados 1

Verify captcha to read the content.VERIFYCAPTCHA_LABEL

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Os Gêmeos inesperados do CEO