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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 199

Leonardo

O silêncio na sala era denso, quase sufocante. O som ritmado dos meus passos ecoava pelo chão de madeira, quebrando a quietude irritante do ambiente. Cada volta que eu dava pelo espaço parecia alimentar ainda mais minha frustração. A tensão no ar era pesada, se acumulando a cada segundo que passava sem uma solução concreta. Eu estava no meu limite.

Magnus estava sentado na poltrona de couro a frente da mesa, os cotovelos apoiados nos joelhos, as mãos entrelaçadas. Ele me observava, mas havia algo diferente nele. Algo tenso, sombrio.

Mas eu não estava com cabeça para questionar.

"Já se passou uma semana." Minha voz saiu baixa, mas carregada de fúria contida.

Magnus não respondeu. Apenas assentiu lentamente, os olhos fixos em mim.

"Uma semana inteira," continuei, forçando a mandíbula enquanto parava de andar e batia as mãos sobre a mesa de carvalho à minha frente. "E nós ainda não temos uma prova concreta contra Nádia!"

O impacto do golpe fez alguns papéis deslizarem pelo móvel. A tensão no ambiente se intensificou.

"Rinaldi está coletando tudo o que pode," Magnus disse, a voz controlada, mas com um fio de exaustão. "Ele já identificou acessos suspeitos, movimentações irregulares, mas ela é esperta. Não deixa rastros evidentes."

"Isso significa que ela sabe que estamos atrás dela."

"Ou que ela já está fazendo as malas para sumir antes que possamos pegá-la."

Meus punhos cerraram. Eu odiava perder tempo.

Magnus me estudava, mas havia algo nele que me incomodava. Algo além da investigação. Seu olhar carregava um peso que não era comum.

Mas eu não podia me dar ao luxo de desviar o foco agora.

"Se ela está se preparando para fugir, precisamos cortá-la antes que sequer tenha a chance de correr. Quero ela encurralada. Quero ela sem saída. Quero ela implorando para que eu não acabe com sua vida profissional e pessoal. Porque é exatamente isso que vou fazer." Cruzei os braços, o peso da situação me corroendo por dentro. "Não posso permitir que essa desgraçada saia impune depois de roubar de mim e colocar minha família em risco."

Magnus assentiu lentamente, mas percebi seu olhar vagando por um momento. Como se sua mente estivesse dividida entre estar aqui e estar em outro lugar.

Eu ia perguntar o que estava acontecendo com ele, mas a prioridade agora era derrubar Nádia.

"Precisamos pegá-la no flagra," ele disse, finalmente, endireitando-se na poltrona. "Se queremos provas definitivas, precisamos dar a ela um motivo para agir."

"Ela já tem motivos."

"Mas não tem oportunidades," ele rebateu, a paciência em sua voz começando a se esgotar. "Ela sabe que estamos monitorando os acessos. Não vai cometer um erro se não achá-lo necessário."

Fechei os olhos por um instante, sentindo a fúria pulsar nas têmporas. "Então criamos uma oportunidade."

Magnus arqueou uma sobrancelha, finalmente interessado. "O que está pensando?"

"Precisamos de uma isca. Algo grande o suficiente para fazê-la agir rápido e cometer um erro."

"Algo que a faça correr para alertar Peter ou Martina," ele completou, um brilho calculista surgindo em seus olhos.

"A pergunta é: o quê?"

O silêncio se prolongou. Magnus passou a língua pelos dentes, pensativo, antes de soltar um pequeno riso nasalado.

"E se inventarmos um investidor interessado em comprar parte da MGroup?"

Meus olhos estreitaram. "Isso faria Peter perder o controle."

"Exatamente." Ele se inclinou para frente. "Se vazarmos uma informação falsa de que você está negociando a venda de uma parte da empresa, Peter enlouqueceria. E se Nádia estiver realmente passando informações para ele, ela entraria em pânico e tentaria alertá-lo."

"Se ela morder a isca e a informação vazar, sabemos que a escuta no meu escritório é real."

"Então desmontamos aquela m*****a sala até encontrar onde ela está."

199. o plano 1

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