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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 204

Amber

O quarto estava mergulhado na penumbra suave do fim da tarde, iluminado apenas pela luz fraca que entrava pelas frestas das cortinas. O ar ainda carregava o calor do que havíamos compartilhado algumas horas antes, e eu não conseguia conter o sorriso satisfeito que brincava em meus lábios enquanto observava Leonardo dormindo ao meu lado.

Seu peito subia e descia em um ritmo tranquilo, a respiração pesada de um sono profundo. O cabelo levemente bagunçado, as feições relaxadas. Era raro vê-lo assim, completamente entregue ao descanso, sem as preocupações constantes que sempre pareciam pesar sobre seus ombros.

Mesmo com tudo o que passamos, eu não me arrependia de nada.

Minha mão deslizou até meu ventre, alisando a pele ainda lisa, mas que em breve começaria a se transformar. Duas vidas cresciam ali dentro, e a ideia era tão surreal quanto maravilhosa.

Se continuássemos assim, íamos acabar povoando o mundo com tantas crianças.

A risada brotou dos meus lábios antes que eu pudesse impedir, e rapidamente apertei a boca para não acordá-lo. Meu Deus, onde isso ia parar?

Com um suspiro divertido, deslizei para fora da cama com cuidado, pegando a camisa de Leonardo que estava caída no chão e a vestindo. O tecido macio e o cheiro dele me envolveram, me trazendo uma sensação de pertencimento que aquecia meu peito.

Caminhei até o banheiro e me encarei no espelho por um momento.

Eu estava diferente.

Minha pele parecia mais radiante, meus olhos brilhavam com uma felicidade genuína. O sorriso que brincava em meus lábios era de pura satisfação, de contentamento absoluto. Pela primeira vez em muito tempo, eu não sentia medo. Eu não sentia incerteza.

Leonardo estava comigo.

Ele sempre esteve.

Tirei a camisa e liguei o chuveiro, deixando que a água quente escorresse pelo meu corpo, relaxando meus músculos ainda sensíveis das horas de prazer que havíamos compartilhado. O calor me envolveu, dissipando os últimos resquícios de sono, e eu fechei os olhos, aproveitando o momento.

O barulho da porta do banheiro se abrindo me fez abrir os olhos e virar a cabeça para trás.

Leonardo estava parado ali, os cabelos bagunçados e os olhos semicerrados de sono, mas sua expressão denunciava algo mais profundo.

"Você deveria ter me acordado," ele reclamou, a voz rouca.

Eu sorri, inclinando a cabeça. "Você parecia tão tranquilo dormindo. Achei que precisava descansar."

Ele não respondeu, apenas tirou a toalha que estava enrolada na cintura e entrou no chuveiro sem cerimônia.

"Não precisa de convite, então?" provoquei, arqueando uma sobrancelha.

Ele se aproximou até que seu corpo estivesse colado ao meu, seu calor misturando-se ao do vapor. "Convite?" murmurou, segurando meu queixo e roçando os lábios nos meus. "Eu nunca precisei de um para tocar o que é meu."

Meu coração saltou dentro do peito, e minha pele formigou sob seu toque.

O beijo veio forte, profundo, cheio de um desejo renovado. Meu corpo reagiu no mesmo instante, se pressionando contra o dele enquanto seus braços me envolviam com força.

Mas então, Leonardo afastou-se um pouco, pegando a esponja ao lado e despejando um pouco do sabonete líquido sobre ela.

"Deixa eu cuidar de você." Sua voz era baixa, quase um sussurro carregado de promessa.

Eu mordi o lábio, assentindo levemente.

Com movimentos lentos, ele começou a deslizar a esponja ensaboada sobre minha pele. Seus toques eram suaves, mas deliberadamente sensuais. Quando passou pelo meu pescoço, senti seu hálito quente perto da minha orelha, e um arrepio percorreu minha espinha.

A esponja desceu pelos meus ombros, depois pelos meus seios, e quando ele pressionou contra minha barriga, senti meus músculos se contraírem levemente.

Um gemido escapou involuntariamente dos meus lábios.

Leonardo fechou os olhos por um momento e soltou um suspiro baixo e rouco. Quando voltou a abri-los, o olhar predador já estava lá.

"Amber," ele murmurou, seu tom carregado de desejo contido.

Eu soube naquele instante que ele queria me tomar ali, contra o vidro do chuveiro, sem pensar em nada além do calor de nossos corpos.

Mas então, ele respirou fundo e se afastou ligeiramente.

204. Predador à espreita 1

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204. Predador à espreita 3

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