Entrar Via

Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 205

Leonardo

Amber estava paralisada. O celular ainda tremia levemente entre seus dedos, os olhos fixos na tela como se a imagem pudesse mudar se ela olhasse por mais tempo. Mas não mudava. Aquela foto estava ali, fixa, como um lembrete cruel de que nossos inimigos não estavam apenas atrás de nós. Eles estavam rondando a nossa família.

Respirei fundo, lutando contra a ira que fervia dentro de mim. O instinto de proteção rugia alto, mas eu precisava manter a calma por ela. Pelos bebês. Me abaixei na frente de Amber, segurando seu rosto com ambas as mãos, forçando-a a olhar para mim. Seus olhos estavam marejados, a respiração curta, seu corpo trêmulo de puro medo e indignação.

"Amore mio, respira," murmurei, minha testa encostando levemente na dela. "Se acalma. Pensa nos bebês."

Instintivamente, ela levou a mão à barriga, como se precisasse se lembrar que não estava sozinha, que duas vidas cresciam dentro dela. Sem hesitar, coloquei minha mão sobre a dela, cobrindo-a, sentindo o calor da pele dela sob meus dedos. Queria transmitir a ela a mesma certeza que eu carregava: que nada aconteceria com nossos filhos, que eu não deixaria.

Mas Amber soltou uma risada seca, amarga. Seus olhos encontraram os meus, e ali havia mais do que medo. Havia frustração, desespero, cansaço.

"Como podemos trazer mais crianças ao mundo," sua voz quebrou, carregada de dor, "se nem conseguimos parar, quem está nos atacando agora? Como posso ter mais filhos quando há pessoas nos ameaçando o tempo todo?"

Cada palavra dela era uma lâmina cortando minha pele. Eu odiava ver Amber assim. Odiava saber que, apesar de tudo o que eu fazia, ela ainda não se sentia segura. O peso do que estávamos enfrentando era grande demais, e agora, com essa gravidez inesperada, ela sentia que tudo estava desmoronando ao nosso redor.

Ela começou a chorar, silenciosamente, mas os soluços que escapavam de seus lábios eram o suficiente para aumentar ainda mais minha determinação.

Segurei seu rosto com mais firmeza, os polegares acariciando sua pele úmida pelas lágrimas. Meus olhos queimavam de pura fúria, mas minha voz saiu baixa, intensa.

"Eu vou acabar com isso, Amber," prometi. "Antes dos bebês nascerem, eu vou destruir cada maldito inimigo que ousou se aproximar de nós. Você precisa confiar em mim."

Ela piscou algumas vezes, respirando fundo. Sua mão ainda estava sobre a barriga.

"Nossos filhos estarão protegidos. Nada vai acontecer," continuei, minha voz carregada de convicção. "Eu não vou permitir que o medo controle essa família."

Amber assentiu, lentamente, como se absorvesse cada palavra. Como se quisesse acreditar, mas ainda precisasse de provas.

Então, sem pensar, eu a beijei. Suavemente no começo, apenas selando nossos lábios, mas logo me entreguei ao momento. Eu precisava dela. Precisava que ela entendesse que eu estava ali, que eu faria qualquer coisa por nossa família. Quando nos afastamos, deixei um último beijo sobre sua barriga antes de me levantar.

"Vai ficar tudo bem," sussurrei, tentando convencê-la e a mim mesmo.

Amber respirou fundo e enxugou as lágrimas com as costas das mãos. "Quero ir para casa," disse, sua voz ainda carregada de emoção. "Quero ficar perto dos gêmeos."

Assenti sem hesitar. "Vamos."

Peguei minhas chaves sobre a mesa e entrelacei minha mão à dela enquanto saíamos do quarto do hotel. Eu sabia que ela ainda estava abalada, mas, naquele momento, a única coisa que importava era levá-la para casa e garantir que ela estivesse segura.

Assim que entramos no carro, Amber se ajeitou no banco, abraçando a própria barriga de forma protetora. Liguei o motor, e saímos do estacionamento subterrâneo direto para as ruas movimentadas da cidade.

O silêncio dentro do carro era denso, mas diferente do desconforto de semanas atrás. Agora, era um silêncio carregado de pensamentos, de emoções não ditas.

205. Seguidos 1

205. Seguidos 2

Verify captcha to read the content.VERIFYCAPTCHA_LABEL

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Os Gêmeos inesperados do CEO