Leonardo
O caminho até a MGroup foi silencioso, mas carregado de tensão. Amber estava sentada ao meu lado, o olhar fixo na tela do celular, e Magnus dirigia, concentrado no que estávamos prestes a fazer.
O plano estava armado. O palco montado. Agora, era a hora de executar.
Assim que entramos no estacionamento subterrâneo, ajustei a postura e soltei um longo suspiro. Olhei para Amber, e ela finalmente levantou os olhos para mim.
"Pronta?" perguntei, minha voz baixa, mas carregada de intenção.
Ela assentiu, o olhar determinado. "Vamos acabar com isso."
Descemos do carro e seguimos em direção à entrada principal. Magnus andava um passo atrás de nós, sua presença imponente servindo como uma barreira invisível contra qualquer ameaça inesperada.
Atravessamos os corredores da empresa, passando por funcionários que lançavam olhares curiosos. A tensão no ar era carregada.
Assim que chegamos à minha sala, Layla, minha secretária, ergueu os olhos da tela do computador.
"Senhor Martinucci," ela cumprimentou. "Tem uma reunião marcada para mais tarde, mas—"
"Adie todas as reuniões," interrompi bruscamente. "Não quero ser incomodado por ninguém."
Layla piscou, surpresa com minha rudeza repentina. Mas, profissional como sempre, apenas assentiu e voltou ao trabalho.
Empurrei a porta do escritório com mais força do que o necessário, fazendo-a bater contra a parede. Amber e Magnus entraram logo atrás de mim, e assim que a porta se fechou, assumi meu papel.
"Isso é uma MERDA!" explodi, socando a mesa com força, fazendo alguns papéis se espalharem. "Acabamos de perder o contrato com a Green Towers e agora temos essa bagunça financeira acontecendo!"
Amber cruzou os braços, seu rosto se fechando. "Se pelo menos soubéssemos qual conta ainda está sangrando, talvez não tivéssemos perdido o contrato!"
"Você acha que eu não sei disso?" gritei, minha voz carregada de frustração.
Magnus entrou na discussão com precisão cirúrgica. "Eu revisei os dados e, honestamente, parece que estamos lidando com uma fraude bem escondida. Mas não temos provas definitivas."
"Isso é INACEITÁVEL!" gritei novamente, passando as mãos pelos cabelos, tentando parecer no limite. "Como não temos provas? Como não conseguimos rastrear isso? Você era a melhor, Amber."
"Era? É isso que você acha sobre mim?" Amber rebateu, sua voz carregada de irritação. "Eu acabei de me lembrar Leonardo, não jogue essa responsabilidade para mim. Você deveria ter ficado mais atento a suas contas."
Me virei para ela, estreitando os olhos. "Eu acha que não estive? Mas você era meu braço direito. Quem me garante que não foi você que me sabotou?"
Amber deu um passo à frente, invadindo meu espaço. "Como ousa falar isso de mim?" O tapa estralou em meu rosto com força. "Eu sempre fiz tudo para te ajudar, agora você quer colocar a culpa em mim? Eu não posso estar ouvindo isso, Martinucci."
O clima entre nós ficou insuportável. Eu podia sentir o olhar de Magnus nos observando, mas ele sabia que precisava deixar a briga escalar.
"Eu não posso perder outro contato!" gritei, batendo a palma da mão na mesa. "Mas não posso agir sem provas concretas! Quero respostas Amber, você pode me dá-las?"
Amber bufou, passando as mãos pelos cabelos ruivos, como se estivesse se segurando para não explodir. "Isso é um absurdo! Como eu teria um plano? Cadê sua equipe, Leonardo? Não sou eu que vou resolver o seu problema sozinha."
"Se eles tivessem uma solução, você acha que estaríamos nessa droga de situação?"
O silêncio preencheu a sala como uma bomba prestes a explodir. Então, Amber levou a mão à cabeça e cambaleou para trás.
"Merda…" ela murmurou, sua respiração acelerando.
Eu franzi o cenho, minha expressão endurecendo. "O que foi agora?"
Ela não respondeu. Em vez disso, sua mão foi para o ventre, e seu rosto ficou pálido.
"Amber?" dei um passo à frente.
Então, seus olhos reviraram, e ela desabou.
"Amber!" me joguei para segurá-la antes que seu corpo atingisse o chão.
Tudo aconteceu rápido demais.


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