Amber
O pânico apertava meu peito como um torno de aço.
As ruas de California Springs passavam rápido demais pelas janelas do carro, borrões de luzes neon e postes, enquanto o veículo cortava o trânsito em alta velocidade. O motor rugia, as rodas cantavam no asfalto, e meu coração martelava freneticamente dentro do peito.
O motorista olhava pelo retrovisor a cada segundo, seu maxilar travado, os dedos apertando o volante com força suficiente para esbranquiçar os nós dos dedos.
"Senhorita Bayer," ele disse, sua voz tensa e carregada de urgência. "Tem dois carros nos seguindo."
Meu estômago despencou.
"Como é que é?" Minha cabeça virou bruscamente para trás, e o que vi fez meu sangue gelar.
Dois SUVs enormes, pretos, avançavam rapidamente, mantendo uma distância curta, mas ameaçadora. Os faróis altos iluminavam o carro como se fossem predadores encurralando uma presa.
Minha respiração ficou presa na garganta.
"Merda," o motorista rosnou, girando o volante e fazendo o carro virar violentamente à direita. Meu corpo bateu contra a porta, e eu soltei um gemido baixo.
"Estão tentando nos cercar," ele avisou, manobrando de novo para evitar que um dos SUVs emparelhasse conosco. "Vou tentar despistá-los."
O medo subiu pela minha espinha como um choque elétrico.
Meu celular ainda estava na minha mão, os dedos tremendo tanto que quase o deixei cair.
"Pegue o telefone e ligue para Magnus," o motorista ordenou, sem desviar o olhar da estrada. "Agora! Coloque no viva-voz!"
Eu mal conseguia respirar, mas fiz o que ele pediu. Meus dedos erraram a tela duas vezes antes de finalmente apertar o botão de chamada.
"Atende, atende, atende..."
O toque parecia durar uma eternidade.
"Magnus!" minha voz saiu trêmula quando a ligação finalmente foi atendida.
"Amber?" Magnus respondeu de imediato, sua voz carregada de alerta. "O que está acontecendo?"
"Tem dois carros nos seguindo," o motorista disse rapidamente, a tensão na voz dele era palpável. "Estamos na rua Quince, sentido leste. Eles não estão recuando. O que eu faço?"
"Filho da puta!" Magnus rosnou. Pelo barulho do outro lado da linha, ele já estava se movendo. "Amber, consegue ver as placas?"
Virei o corpo rapidamente, os olhos piscando em desespero enquanto tentava decifrar os números no meio das luzes. Meu peito subia e descia rapidamente, meus músculos contraídos pelo pânico.
"Uma delas... 2BXT940," minha voz vacilou. "A outra... 3GKL572."
Minha visão ficou embaçada, e minha mente começou a girar com a adrenalina.
"Recebi," Magnus disse. "Fica calma, Amber. Vou rastrear esses desgraçados e pedir reforço agora."
O motorista desviou de outro carro bruscamente, fazendo meu corpo ricochetear contra o assento. Meu coração estava acelerado, e eu não conseguia parar de tremer.
"Eu não acho seguro ir para a mansão," o motorista disse, desviando novamente e acelerando ainda mais. "Se tentarmos entrar na garagem, eles podem nos encurralar."
"Concordo," Magnus afirmou. "Continue rodando pela cidade. Não vá para a mansão. Ganhe tempo, estou enviando reforços agora."
O medo me consumia. Eu só queria chegar em casa.
Uma pontada aguda atravessou minha barriga.


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