Amber
O pânico tomava conta do meu corpo, cada célula tremendo em alerta máximo. Minha respiração estava errática, e a dor em meu ventre só aumentava a cada solavanco do carro. Eu sentia uma pressão incômoda, diferente de qualquer coisa que já tivesse experimentado antes. Meu coração batia descompassado, o medo me sufocando.
Eu não podia perder esses bebês.
O motorista continuava em alta velocidade, desviando bruscamente entre os carros, tentando manter distância dos dois SUVs que nos perseguiam. Minhas mãos agarravam o cinto de segurança com tanta força que minhas articulações doíam.
"Magnus, eles ainda estão atrás de nós," o motorista avisou pelo viva-voz, sua voz carregada de tensão.
Minha esperança estava se esvaindo, até que ouvi o som de sirenes. Muitas sirenes.
Meus olhos se arregalaram quando vi um helicóptero da polícia sobrevoando nosso carro, o facho de luz iluminando a estrada ao redor.
Logo em seguida, várias viaturas apareceram atrás dos SUVs, os policiais ligando as sirenes e dando ordem de parada.
"Meu Deus..." sussurrei, as lágrimas escorrendo pelo meu rosto.
"O que está acontecendo?" Magnus perguntou rapidamente.
"O helicóptero da polícia chegou," o motorista respondeu, mantendo os olhos na estrada. "As viaturas estão forçando os SUVs a recuar. Eles estão diminuindo a velocidade."
Meus ombros relaxaram involuntariamente, e um soluço de puro alívio escapou dos meus lábios.
"Estamos livres?" minha voz saiu fraca, quase um sussurro.
O motorista assentiu. "Parece que sim."
As lágrimas caíram sem controle, um choro silencioso de gratidão e cansaço.
O motorista pegou o telefone conectado ao viva-voz novamente. "Magnus, eles recuaram. Qual a instrução agora?"
"Leve Amber para a mansão imediatamente," Magnus ordenou sem hesitação. "A rua já está bloqueada e a segurança está reforçada. Eu quero vocês dentro dos portões o mais rápido possível."
O motorista assentiu e acelerou, agora sem obstáculos. Eu ainda tremia, meu corpo sentindo os resquícios do pânico e da adrenalina. Minha mente tentava processar tudo ao mesmo tempo, mas o único pensamento claro que eu tinha era: eu estou viva, meus bebês estão vivos.
O carro avançou pelas ruas, e quando finalmente viramos a última esquina, vi a mansão Martinucci cercada por seguranças e policiais. Toda a rua estava bloqueada. Homens armados protegiam cada entrada, cada possível acesso. A segurança era impenetrável.
Assim que nos aproximamos, os seguranças abriram passagem, permitindo que o carro entrasse diretamente na garagem coberta.
Quando o veículo parou, antes que eu pudesse sequer respirar, a porta do carro foi arrancada para trás com violência.
Leonardo.
Ele estava transtornado. Seu rosto estava vermelho, os olhos injetados de fúria e preocupação.
"Amber!"
Antes que eu pudesse reagir, ele me puxou para seus braços, segurando-me com força como se estivesse garantindo que eu estava realmente ali.
"Meu Deus, amor..." ele sussurrou, o rosto enterrado no meu cabelo. "Você está bem? Está machucada?"
"Leo..." minha voz saiu fraca, mas antes que eu pudesse continuar, outra onda de dor atravessou meu abdômen.
Meu corpo se curvou involuntariamente. A dor era pior agora.
Leonardo sentiu meu corpo tremer e imediatamente se afastou para me analisar.
"Amber?" Seu olhar escureceu. "O que foi? O que está acontecendo?"
Minha respiração falhou.
"Leo..." minha voz quebrou. "Minha barriga... está doendo muito."
Os olhos dele se arregalaram.
O pânico cruzou suas feições como um raio.
"Porra!" ele xingou, me pegando nos braços novamente. "Vamos para o hospital. Agora."


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