Magnus
Eu me dirigi à MGroup, ainda sem a localização exata do dono do drone, mas determinado a reunir todas as peças que tínhamos. A tensão em meus ombros era constante, como uma faca pressionando lentamente, me lembrando de que essa ameaça precisava ser eliminada – não apenas pelo meu trabalho, mas pela minha amizade com Leonardo e Amber. Já era hora de dar a eles um pouco de paz.
Assim que entrei na sala de segurança, minha equipe já estava reunida, os olhos atentos aos monitores e documentos espalhados pela mesa. A energia ali dentro era elétrica, carregada de urgência.
"Atualizem-me," ordenei, cruzando os braços enquanto encarava Rinaldi, que estava digitando freneticamente em seu computador.
"Estamos rastreando a transação do drone," ele respondeu sem desviar o olhar da tela. "Já sabemos que o equipamento foi comprado com um cartão de crédito em nome de Samuel Connor. Estamos tentando localizar o endereço dele agora."
Assenti, absorvendo a informação enquanto me aproximava da mesa para analisar os dados mais recentes.
Meu celular vibrou no bolso, e puxei o aparelho, estranhando ao ver o nome de Gabriela na tela. Uma mensagem simples:
“Magnus, venha me ver mais tarde. Preciso falar com você.”
Meus olhos estreitaram. Não era comum ela ser tão direta, e algo na mensagem me incomodou. Minha primeira reação foi querer ir até ela imediatamente, mas antes que pudesse decidir, Rinaldi se levantou bruscamente.
"Tenho o endereço," ele anunciou, a voz carregada de alívio.
Deixei o telefone de lado e foquei no que importava agora. "Passa pra mim."
Rinaldi anotou o endereço rapidamente e me entregou o papel. Peguei e saí da sala, chamando dois dos meus homens para me acompanharem. O gosto da vingança já estava na ponta da minha língua. Eu queria resolver isso. Precisava afastar essa ameaça, não apenas como chefe de segurança, mas como alguém que se importa profundamente com aquela família.
Entramos no carro, e enquanto dirigíamos em direção ao endereço, minha mente estava cheia de planos. Assim que parássemos em frente à casa, eu iria descobrir exatamente quem estava por trás disso – e por quê.
O caminho foi silencioso e tenso e assim que chegamos, percebi por que ele tinha conseguido a foto tão fácil. A casa ficava a poucos metros de distância da casa dos Martinuccis.
Desci observando o lugar que parecia comum, com um jardim bem cuidado e um portão baixo. A tranquilidade do lugar parecia um contraste gritante com o que eu estava prestes a enfrentar.
"Vamos manter isso profissional, mas firme," instrui aos dois homens enquanto saíamos do carro. Eles assentiram, seus rostos sérios e preparados.
Toquei a campainha, e logo uma senhora de meia-idade abriu a porta. Seu olhar se encheu de curiosidade ao nos ver, mas logo deu lugar à tensão quando expliquei por que estávamos ali.
"Essa é a residência de Samuel Connor?" perguntei, minha voz firme, mas educada.
"Sim, ele é meu filho," respondeu à mulher, os olhos já estreitando. "Por quê? Sobre o que se trata?"
"É um assunto particular," disse, tentando manter a calma.
"Particular? Meu filho tem apenas 16 anos!" ela exclamou, sua voz ficando mais alta e defensiva. "O que pode ser tão particular assim?"
Minha mandíbula se apertou. Respirei fundo antes de responder.
"Seu filho está sendo investigado por usar um drone para tirar fotos de duas crianças. Essas fotos foram usadas para ameaçar os pais delas, e estamos aqui para descobrir quem o contratou para fazer isso ou se é ele mesmo que está produzindo as ameaças."
Os olhos dela se arregalaram, e por um momento, o silêncio tomou conta.


VERIFYCAPTCHA_LABEL
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Os Gêmeos inesperados do CEO