Magnus
As informações sobre Albus Cannon estavam se encaixando como um quebra-cabeça maldito, e tudo apontava para atividades ilegais envolvendo o nome. Era um pseudônimo, um fantasma criado para encobrir negócios sujos. Enquanto minha equipe começava a cruzar os dados, eu sentia o peso da responsabilidade em cada decisão que tomava. A ameaça estava longe de ser eliminada, e eu precisava descobrir quem estava atrás de Leonardo, Amber e as crianças antes que algo pior acontecesse.
Peguei o celular, passando os olhos pelas mensagens. E então, lembrei-me de Gabriela.
Eu prometi que a veria, mas o dia tinha me engolido.
"Certo, eu tenho que ir agora. Me mantenham informado de tudo que descobrirem." falei para a equipe e saí as pressas, entrando no carro e só parando assim que cheguei na frente da clínica onde seu carro ainda estava parado.
Digitei rapidamente uma mensagem:
“Estou aqui na clínica. Quero te levar para casa.”
Esperei. Minutos que pareciam horas. Finalmente, a resposta veio.
“Estou descendo.”
Suspirei, desligando o motor enquanto olhava para a porta da clínica. Quando ela saiu, percebi imediatamente que algo estava errado. Gabriela parecia tensa. O sorriso que ela sempre tinha para mim estava ausente. Ela entrou no carro devagar, como se cada movimento fosse medido, e começou a colocar o cinto.
Foi então que vi.
Uma marca vermelha em seu braço. Grande o suficiente para me fazer perder o controle por dentro.
“Gabriela,” minha voz saiu firme, mas baixa. “O que é isso no seu braço?”
Ela congelou por um segundo, puxando a manga da camisa para cobrir a mancha. “Não é nada,” disse, olhando para frente.
“Não é nada?” Meu tom subiu, minha paciência desaparecendo no mesmo instante. “Isso não parece nada, Gabi.”
“Magnus, por favor, não comece,” ela murmurou, sem olhar para mim.
Minhas mãos apertaram o volante, minha mandíbula travando. Liguei o carro, deixando o motor rugir enquanto saíamos da frente da clínica.
Ela permaneceu em silêncio durante todo o trajeto até o prédio dela, mas sua tensão era palpável. Estacionei e saí do carro rapidamente, abrindo a porta do passageiro para ela. Gabriela desceu sem dizer nada, caminhando à minha frente até o apartamento. Assim que entramos, eu joguei as chaves sobre a mesa dela e cruzei os braços.
“Quero uma explicação. Agora.”
Ela suspirou, evitando meu olhar enquanto tirava os sapatos. “Não tem nada para explicar. Não é nada, Magnus.”
“Não é nada?” Minha voz ficou mais alta, reverberando pelo espaço silencioso. “Você tem marcas no braço! Isso é alguma coisa, sim.”
Ela parou no meio da sala, seu corpo tenso. “Você está exagerando.”

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