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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 225

Peter

Entrei no meu escritório com um estrondo, a porta batendo contra a parede. O som ecoou pelo espaço vazio, mas não era suficiente para aliviar a fúria que queimava dentro de mim. Meu peito subia e descia enquanto eu tentava processar o que Owen acabara de fazer. A traição. O descaramento.

Aquele desgraçado me deixou sem saída.

Passei as mãos pelos cabelos, puxando-os levemente, enquanto minha mente girava em um turbilhão de raiva e desespero. A venda das ações, os acessos bloqueados, as finanças travadas. Tudo estava indo para o inferno, e eu precisava agir. Precisava de uma saída.

Foi então que o nome dela surgiu na minha mente.

Martina.

Se alguém entendia o que era jogar sujo e revidar com força, era ela. Nós tínhamos nossas diferenças – diferenças colossais – mas, no momento, ela era a única pessoa que poderia me ajudar.

Peguei o telefone e disquei o número dela com dedos trêmulos, a raiva e o orgulho lutando dentro de mim enquanto o som do toque ecoava no silêncio.

Ela atendeu no segundo toque.

"Olha só quem resolveu aparecer," disse a voz melódica de Martina, carregada de sarcasmo.

"Martina," comecei, ignorando o tom dela, "não tenho tempo para os seus joguinhos agora. Preciso de ajuda."

"Ajuda?" Ela prolongou a palavra como se saboreasse o gosto dela na boca. "O grande Peter Calton, precisando de ajuda. Isso é um evento raro."

"Martina, pelo amor de Deus, para com isso!" rosnei, segurando o telefone com tanta força que meus dedos ficaram brancos. "Estou falando sério. Minha empresa está desmoronando, e eu preciso que você faça alguma coisa."

"Ah, claro, Peter. Porque, obviamente, sua ruína é minha prioridade agora." Sua risada foi baixa e provocante, carregada de desprezo.

"Martina, escuta," continuei, tentando controlar a explosão que ameaçava escapar. "Owen vendeu as ações dele para um investidor, e eu preciso recuperá-las. Preciso que você me ajude a voltar a ter acesso às contas do Leonardo. Se conseguirmos isso, posso comprar as ações e reverter a situação."

Do outro lado da linha, silêncio.

"Martina?" chamei, com a paciência se esgotando.

Então veio o som.

Uma risada.

Mas não qualquer risada. Era fria, cortante, cheia de desprezo.

"Qual é a graça?" perguntei, minha voz mais alta do que pretendia.

"Você," ela respondeu, ainda rindo. "Você é a graça, Peter. É inacreditável o quanto você é... previsível."

Minha paciência quebrou.

"Você acha que isso é uma piada?" gritei, levantando-me da cadeira com tanta força que ela quase tombou para trás. "Você está brincando com algo sério, Martina! Isso não é hora para suas gracinhas!"

Do outro lado, ela ficou em silêncio por um momento, e então, sua voz veio mais calma, mas carregada de veneno. "Você se lembra, Peter, o que me disse quando eu precisei da sua ajuda?"

Fiquei em silêncio.

"Eu me lembro muito bem," continuou ela, o sarcasmo pingando de cada palavra. "Disse que eu era um peso morto, que deveria me virar sozinha. Lembra disso?"

"Martina, isso é passado..." comecei, mas ela me interrompeu.

"Não, Peter. Isso não é passado para mim. Eu sou uma pessoa rancorosa. E sabe o que é engraçado? Agora, você está na merda, e está me pedindo ajuda. Isso é hilário. E o melhor, a resposta que me deu aquele dia, se adequa perfeitamente a você hoje."

"Você não pode fazer isso," gritei, meu corpo vibrando de raiva. "Eu só tenho você agora! Você é obrigada a me ajudar!"

"Obrigada?" Martina soltou uma gargalhada seca. "Obrigada a nada, Peter. Se você está ferrado, é porque é um péssimo empresário. Sempre foi. Tentou competir com Leonardo, mas nunca chegou nem perto. Quer saber? Eu mal posso esperar para assistir sua queda. Vou estar na plateia, e se puder, compro o camarote para tirar muitas fotos e espalhar por aí."

225. Vingança 1

225. Vingança 2

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