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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 228

Magnus

Aquelas palavras ficaram ecoando na minha cabeça como um alarme ensurdecedor.

"Foi um paciente."

Senti meu sangue ferver instantaneamente, uma raiva visceral que parecia incendiar cada célula do meu corpo. Eu me levantei da cama, incapaz de conter a tensão que tomava conta de mim.

"Como assim, foi um paciente?" Minha voz saiu firme, quase cortante, mas me controlei para não explodir. Não ainda.

Gabriela abaixou a cabeça por um momento, como se buscasse forças para continuar. Quando finalmente me olhou, seus olhos estavam cheios de algo que eu não via com frequência: medo.

"Logo que saí de casa e comecei a atuar," começou ela, a voz baixa e hesitante, "eu tive um paciente... Ele tinha uma depressão muito profunda e carregava um histórico de bullying intenso. Fiz tudo o que pude para ajudá-lo, Magnus. Tentei de todas as formas. Mas ele parecia... incapaz de progredir."

Minha mandíbula apertou. Algo no tom dela já me dizia que essa história não terminava bem.

"Continue," incentivei, cruzando os braços enquanto tentava manter a calma.

Gabriela respirou fundo. "Ele começou a se fixar em mim. No começo, eu achava que era apenas um mecanismo de transferência, algo comum em terapias. Mas então... percebi que era mais do que isso. Ele tinha desenvolvido uma obsessão."

Senti meus punhos se fecharem, meus músculos ficando rígidos. "E o que você fez?"

"Dei alta para ele," ela respondeu, os olhos brilhando com uma dor que ela claramente tentava esconder. "Disse que não poderia mais tratá-lo, que não seria saudável para nenhum de nós dois continuar. Achei que ele entenderia, mas... ele não aceitou."

Ela abaixou ainda mais a cabeça, como se quisesse se afastar da intensidade do meu olhar. "Ele disse que não me queria como terapeuta, Magnus. Ele me queria como companheira. E quando eu disse que não era recíproco, ele surtou."

Minha paciência chegou ao limite. Dei um passo para frente, a raiva fervendo dentro de mim. "Qual é o nome dele? Nome e sobrenome."

"Isso não é necessário," ela respondeu rapidamente, seus olhos arregalados ao perceber minha postura e se levantando da cama, para apoiar suas mãos sobre meu peito.

"Não é necessário?" Minha voz se elevou, e senti meus músculos ficarem ainda mais tensos. "Gabriela, estamos lidando com um psicopata. Isso é absolutamente necessário." segurei suas mãos com as minhas, como se fosse a forma de lhe passar todo o apoio que eu poderia naquele momento.

"Eu sei que ele é perigoso," ela disse, levando as mãos ao meu rosto. "Mas achei que estava segura aqui em California Springs... até ele aparecer na clínica há três dias."

Aquilo foi o suficiente para me fazer perder o controle. Em um movimento rápido, a puxei para um abraço apertado, envolvendo-a com meus braços como se quisesse protegê-la de todo o mal do mundo.

"Por que você não falou isso antes?" minha voz saiu mais baixa, carregada de uma frustração misturada com preocupação.

"Porque eu queria resolver isso do meu jeito," ela sussurrou contra meu peito, sua respiração irregular. "Eu não queria envolver ninguém."

"Você não precisa resolver isso sozinha," retruquei, afastando-me apenas o suficiente para olhar em seus olhos. "Gabi, eu estou aqui. Eu posso fazer isso com você. Eu tenho os meios para garantir que você fique segura. E, a partir de agora, vou ter um dos meus homens te acompanhando o tempo todo."

"Não, Magnus," ela negou, balançando a cabeça com veemência. "Eu não quero isso."

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