Leonardo
A vista de Aspen era um cenário digno de um cartão-postal, mas hoje, enquanto falava com Vancelos pelo telefone, minha mente estava longe de apreciar a beleza ao redor. As negociações com o Grupo Delux estavam em seu clímax, e eu sabia que o momento de assinar o contrato era agora.
"Leonardo," a voz de Vancelos ecoou pela linha, animada. "Estou ansioso para trabalhar com a MGroup. Agora que as festas de final de ano acabaram, acho que não há mais o que esperar. Precisamos fechar esse contrato em Las Vegas o quanto antes."
Respirei fundo, apertando o telefone contra o ouvido enquanto girava a poltrona do escritório. "Concordo, Vancelos. Esse contrato é tão importante para nós quanto para você. Podemos marcar para a próxima semana. Estarei em Las Vegas para a assinatura e para conhecer as instalações."
Do outro lado, ele riu, claramente satisfeito. "Excelente! Vou preparar tudo para recebê-lo. Será o início de uma grande parceria."
"Com certeza," concordei, mantendo o tom formal, mas amigável. Após mais alguns detalhes e despedidas educadas, desliguei a ligação.
Por mais que a parceria com o Grupo Delux fosse um grande passo, o peso das responsabilidades parecia se acumular a cada dia. Com a perda de credibilidade de Peter Calton após a venda das ações de seu sócio, a MGroup estava se consolidando como a escolha número um no mercado hoteleiro, mas isso significava ainda mais pressão para que cada movimento meu fosse impecável.
A porta do escritório se abriu suavemente, e quando levantei os olhos, vi Amber entrando. Ela estava linda, com uma expressão tranquila, mas curiosa. Sem dizer nada, ela caminhou até mim e, sem cerimônia, sentou-se no meu colo.
"Essa ruguinha entre seus olhos está mais profunda do que nunca," ela brincou, alisando suavemente minha testa.
Suspirei, permitindo-me relaxar sob seu toque. "É muita coisa para lidar, B. Só trabalho."
"Quer me contar?" ela perguntou, inclinando a cabeça.
"Vancelos quer que eu vá para Las Vegas o quanto antes para assinar o contrato. Agora que as festas passaram, não há mais desculpas."
Amber assentiu, compreendendo. "E você vai quando?"
"Na próxima semana," respondi, olhando para ela. "Mas quero que você vá comigo."
Amber sorriu levemente, mas seu olhar hesitou. "Leo, como vamos fazer com os gêmeos? Não posso deixá-los aqui."
Ri, apertando sua cintura levemente. "Meus pais, Magnus, Gabriela, as babás... Eles conseguem lidar com duas crianças por dois dias."
Ela franziu o cenho, claramente ponderando. Antes que ela pudesse protestar, puxei-a para mais perto, meus lábios tocando os dela em um beijo ardente.
"Nós precisamos disso," murmurei contra seus lábios. "Alguns dias só para nós dois."
Minha mão deslizou para sua coxa, apertando suavemente. Senti seu corpo reagir, o suspiro que ela tentou conter, e um sorriso surgiu em meu rosto.
"Leo..." ela começou, mas sua voz falhou levemente.



VERIFYCAPTCHA_LABEL
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Os Gêmeos inesperados do CEO