Leonardo
O avião atravessava as nuvens com uma suavidade que só fazia minha mente vagar. Amber estava sentada ao meu lado, seu sorriso tranquilo me trazendo uma paz que há tempos eu não sentia. Ela havia tomado uma medicação para o voo, o que afastava os enjoos que tanto a incomodaram na ida para Vegas. O alívio em vê-la assim, relaxada, era um bálsamo para minha ansiedade.
"Você acha que os gêmeos vão nos dar bronca por termos demorado tanto?" Amber perguntou, sua voz carregada de humor.
Ri baixo, segurando a mão dela. "Se depender da Bella, sim. Ela vai fazer um sermão digno de um pequeno general. Louis provavelmente só vai querer saber o que trouxemos de Vegas."
Ela riu, e o som era como música para os meus ouvidos. Amber se inclinou, descansando a cabeça no meu ombro, e eu a envolvi com um braço. Por um momento, tudo estava perfeito: o calor dela junto ao meu corpo, o murmúrio das turbinas, a certeza de que estávamos voltando para casa.
Conversamos sobre coisas simples – como as luzes de Vegas, os lugares que visitamos, os planos para o futuro. Cada palavra era um lembrete de que, apesar de tudo o que enfrentamos, continuávamos sendo nós. A parceria, o carinho, o amor. Tudo estava ali, intacto.
Quando o avião pousou em Aspen, o ar fresco da montanha nos recebeu. Amber parecia revigorada, e seu sorriso iluminava tudo ao nosso redor. Descemos as escadas e, como esperado, Magnus já nos aguardava. Ao lado dele, Lucius estava encostado no carro, pronto para nos levar de volta para a mansão.
"Bem-vindos de volta," Magnus disse, cumprimentando-me com um aperto de mão firme antes de se virar para Amber. "Espero que Vegas tenha sido produtiva."
"Foi incrível," Amber respondeu, animada. "E não só pelos negócios. Vegas tem um brilho único."
Eu observei Magnus atentamente. Havia algo diferente nele, uma tranquilidade que não combinava com a tensão que ele carregava antes de partirmos. Isso só podia significar uma coisa: progresso no caso de Albus. Decidi guardar minhas perguntas para depois. Primeiro, precisávamos voltar para casa.
"Então vamos logo, que esse vento gelado não faz bem para ninguém." falei rindo e apoiando minha mão na base da coluna de Amber e nos encaminhamos para a mansão.
***
A mansão estava exatamente como havíamos deixado, mas a recepção foi ainda melhor do que eu imaginava. Assim que cruzamos a porta, Bella e Louis correram na nossa direção, seus rostos iluminados por sorrisos.
"Mamãe! Papai!" Bella gritou, jogando-se nos braços de Amber.
Louis me abraçou com força, sua risada enchendo o espaço. "Vocês demoraram muito!" ele reclamou, mas o brilho em seus olhos denunciava o quanto estava feliz por nos ver.
Amber e eu nos abaixamos, abraçando os dois ao mesmo tempo. Aquele momento era tudo o que eu precisava para me lembrar do porquê de lutarmos tanto: por eles, pela nossa família.
Na sala, Eleonora e Tomaso nos esperavam junto com Nonna Rosa, que estava sentada em sua poltrona favorita, observando tudo com seu olhar vigilante e amoroso. A visão da família reunida era um espetáculo que eu nunca me cansava de admirar. Era a essência do que significava ser um Martinucci.
Tomaso foi o primeiro a romper o silêncio, seu tom cheio de curiosidade. "Então? Conseguiram o contrato com a Delux?"
"Sim," respondi, incapaz de conter o sorriso que se formou no meu rosto. "O contrato foi assinado, e a MGroup agora tem uma nova parceria."



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