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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 290

Leonardo

O hospital parecia mais silencioso do que deveria.

Os corredores iluminados por luzes frias contrastavam com o caos dentro de mim. O cheiro de antisséptico e sangue ainda pairava no ar, misturado ao zumbido distante das máquinas monitorando os pacientes.

Amber ainda não havia acordado, e a falta de notícias sobre Magnus me corroía por dentro.

Eu não conseguia respirar direito. O medo estava me esmagando.

Minha esposa desacordada.

Meu melhor amigo lutando para sobreviver.

E o desgraçado que causou tudo isso… ainda respirando.

A informação de que Peter ainda estava vivo bateu contra mim como um golpe seco no estômago.

Eu não aceitava isso. Eu não podia aceitar.

Saí do quarto de Amber antes que perdesse o controle ali dentro. Eu precisava de ar, precisava fazer algo.

Mas meus passos já sabiam para onde ir.

Eu precisava vê-lo.

Atravessei os corredores com passos rígidos e carregados de fúria, minha visão enevoada pelo ódio crescente. Cada fibra do meu corpo vibrava com a necessidade de agir.

Por incrível que pareça, nenhum enfermeiro tentou me deter. Era como se sentissem a tempestade ao meu redor e soubessem que era mais seguro não interferir. Os funcionários apenas se afastavam discretamente, abrindo caminho sem que eu precisasse dizer uma única palavra.

Quando alcancei a porta do quarto, os guardas postados ali se endireitaram ao me ver, seus olhares tensos.

Mas não disseram nada.

Eles sabiam quem eu era. Sabiam por que eu estava ali.

E sem qualquer hesitação, se afastaram, abrindo passagem.

Sabiam o que aquele homem tinha feito.

Quando entrei no quarto, vi seu corpo imóvel na maca, coberto por fios e monitores apitando.

A cabeça estava enfaixada, hematomas espalhados pelo rosto, uma sonda no nariz. Ele parecia um cadáver que ainda não havia sido declarado oficialmente morto.

E isso deveria me satisfazer.

Mas não me satisfez.

Não era suficiente.

Fechei a porta atrás de mim e me aproximei lentamente, sentindo minha respiração pesar, minha mandíbula travar.

"Você deveria estar morto," soltei, minha voz baixa e carregada de ódio.

Ele não se mexeu.

"Você não merecia a chance de ser tratado," continuei, encarando aquele rosto que tantas vezes causou terror na minha família. "Você não merecia o direito de continuar respirando."

Ainda assim, ele estava ali.

E a cada segundo que sua respiração continuava, minha fúria crescia.

"Você sequestrou minha mulher. Meus filhos."

Minha voz tremeu com a lembrança.

"Você torturou Amber. Fez com que ela sentisse medo, dor. Você fez ela acreditar que ia morrer, que não tinha ninguém. Você ameaçou meus filhos, tocou neles. Você me tirou anos da minha vida. E agora… agora você está aqui, sendo tratado, sendo cuidado como se fosse um ser humano. Como se merecesse alguma piedade. Eu deveria acabar com isso agora. Apenas desligar as máquinas. Apertar sua traqueia até seu corpo se debater contra a cama."

Eu podia fazer isso. Seria tão fácil.

Uma decisão. Um segundo.

Acabaria com tudo.

Levantei a mão.

Mas então, ela surgiu. Amber.

Ela não estava lá.

Mas eu a senti.

Sua voz suave, seu toque delicado em minha pele, como se estivesse me chamando de volta à realidade.

"Não," ela sussurrou na minha mente.

Fechei os olhos, me forçando a respirar.

"Não vale a pena, Leo."

Senti a textura dos lençóis de hospital entre meus dedos, o peso do corpo inconsciente de Peter sob minha mão.

Eu podia matá-lo.

Mas então vi Amber, na minha mente, do jeito que a encontrei no chão depois do ataque.

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