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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 294

Gabriela

A viagem pareceu durar uma eternidade. Mesmo no conforto do jato particular, eu não conseguia encontrar um instante de paz. Cada segundo que passava era uma tortura, cada minuto longe de Magnus era um a menos para que eu pudesse vê-lo, tocá-lo, sentir seu coração batendo sob minha mão.

Eu não dormi. Não comi. Não pensei em nada além de chegar a tempo.

O silêncio dentro da cabine era tão pesado quanto o peso em meu peito. Meus olhos estavam inchados de tanto chorar, minha cabeça latejava, e meu corpo doía de exaustão. Mas nada se comparava ao medo. Ao pavor absoluto de que ele não estivesse mais lá quando eu chegasse.

Quando finalmente pousei na Itália, o ar quente e úmido não me trouxe alívio. Minha visão estava embaçada, minha garganta seca. A porta do jato se abriu, e eu saí rapidamente, sem me importar com a bagagem ou com qualquer outra coisa.

E então eu o vi.

Leonardo estava ali, parado próximo ao carro, os ombros rígidos, as mãos nos bolsos do paletó. Mesmo de longe, pude perceber o quanto ele estava diferente. Havia olheiras profundas sob seus olhos, seus cabelos estavam bagunçados, e sua expressão, sempre tão forte e firme, estava quebrada. Ele parecia tão abatido quanto eu.

Aproximei-me rapidamente, e antes que pudesse falar qualquer coisa, ele me envolveu em um abraço apertado. Um abraço carregado de cansaço, de dor, de uma tristeza compartilhada.

"Gabriela," ele sussurrou contra meus cabelos.

Fechei os olhos, tentando segurar o choro. Mas falhei.

"Como ele está?" Minha voz saiu embargada, e eu senti Leonardo respirar fundo antes de responder.

"As notícias não são boas."

A frase foi como um golpe no peito.

"O que quer dizer com isso?" Me afastei um pouco, segurando os braços dele, precisando que ele me dissesse algo que eu pudesse suportar.

"Ele ainda não acordou." A dor na voz de Leonardo era evidente. "Os médicos estão preocupados. Ele perdeu muito sangue. Teve uma fratura grave na costela e um trauma na cabeça. Os pulmões foram comprometidos pelo impacto, e…" Ele parou por um segundo, desviando o olhar.

"Fala logo, Leo!" Minha paciência e força estavam se esvaindo rapidamente.

"Ele está intubado," ele murmurou.

Senti meu estômago despencar.

Intubado.

Isso significava que ele não podia respirar sozinho.

"Não…" O ar ao meu redor ficou rarefeito. Minha visão escureceu por um instante, e eu precisei segurar o carro para não cair. "Não pode ser…"

"Gabriela…" Leonardo tentou me acalmar, mas eu o empurrei levemente e entrei no carro, sem olhar para trás.

Ele veio logo atrás, ligando o motor rapidamente.

O trajeto até o hospital foi um borrão.

Leonardo tentou me acalmar, me explicar detalhes médicos que eu não queria ouvir. Tudo que eu sabia era que Magnus estava ali, deitado em uma cama fria, preso a máquinas.

E eu precisava vê-lo.

Assim que chegamos, mal esperei o carro parar. Saí rapidamente, entrando no hospital, minha respiração curta e instável. Leonardo me guiou pelos corredores, e a cada passo, meu coração parecia bater mais forte, mais alto, mais desesperado.

Até que paramos.

A porta do quarto estava ali, a um passo de mim.

Minha mão tremeu ao tocar a maçaneta.

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