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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 301

Magnus

O silêncio do quarto era interrompido apenas pelo som baixo das páginas virando.

Abri os olhos devagar, piscando algumas vezes para ajustar minha visão à penumbra do ambiente. A luz fraca do abajur projetava sombras suaves, tornando tudo mais acolhedor do que deveria ser.

Então, eu a vi.

Gabriela estava sentada na poltrona perto da cama, enrolada em uma coberta fina, com as pernas dobradas sobre o assento. Os cabelos caíam suavemente sobre os ombros, e seu olhar deslizava atentamente sobre as páginas do livro que segurava.

Ela parecia tão absorta na leitura que não percebeu que eu estava acordado.

E meu coração reagiu de um jeito estranho.

Uma pontada. Um aperto no peito. Como se eu já tivesse visto essa cena antes.

Como se essa imagem me pertencesse.

Respirei fundo, tentando afastar a sensação confusa, mas o incômodo da incerteza permaneceu. Quando Leonardo saiu do quarto e Gabriela não voltou logo depois, eu tive tempo para pensar.

Pensar no que fazer. No que sentir.

Mas, no fim, acabei dormindo.

A verdade?

Eu não queria pensar sobre ela não voltar.

Mesmo sem me lembrar dela, eu queria Gabriela ali.

Era um desejo que não vinha da lógica, mas do instinto.

Era algo que eu sentia em meu íntimo.

Me mexi um pouco na cama, deixando escapar um som baixo.

Gabriela levantou os olhos rapidamente.

No instante em que nossos olhares se encontraram, ela sorriu.

Um sorriso pequeno, mas verdadeiro.

Ela fechou o livro, colocando-o sobre a mesa, e se levantou, se aproximando devagar.

"Não fica desconfortável, sentada assim?" perguntei, minha voz ainda rouca do sono.

Ela balançou a cabeça. "Já me acostumei com essa rotina."

Algo se aqueceu dentro de mim.

O tom dela era leve, mas havia tanto significado em suas palavras.

Ela estava se dedicando a mim.

Se importando comigo de uma forma que eu sentia ser genuína.

"Você deveria dormir em uma cama de verdade," murmurei, franzindo o cenho. "Não nessa poltrona dura. Se quiser pode ir para um hotel, ou para a casa dos Martinuccis, sei que eles irão te acolher."

"Eles me convidaram. Falei para Eleonora não se incomodar, que só sairia daqui se você quisesse isso." ela deu de ombros abaixando os olhos.

"Eu não quero que você fique desconfortável..." falei sentindo o peso da responsabilidade me atingir.

"Já passei por situações piores," ela brincou, mas seu sorriso não disfarçava o cansaço.

Eu me ajustei na cama, tentando ignorar o desconforto da movimentação. "Gabriela…"

Ela levantou os olhos.

"Quem é Derek?"

O livro que ela segurava escorregou de suas mãos e caiu no chão com um baque surdo.

Eu imediatamente entrei em alerta.

Seus olhos estavam arregalados. O choque cruzou seu rosto tão rápido que me pegou desprevenido.

Ela engoliu em seco.

"Você… se lembrou disso?" A hesitação na voz dela me fez sentir um aperto no peito.

Neguei com a cabeça.

"Não," respondi devagar. "Mas vi mensagens em meu celular sobre a prisão desse homem e percebi que ele tem alguma coisa a ver com você."

Gabriela fechou os olhos por um instante, como se buscasse forças para responder.

Seus ombros caíram levemente quando ela soltou um suspiro profundo.

"Não quero falar sobre isso agora," disse, com um tom quase suplicante. "Se você não se lembra, talvez seja melhor deixar assim."

Eu estreitei os olhos.

"Eu posso descobrir com um telefonema," retruquei. "Mas queria ouvir de você."

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