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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 305

Leonardo

O silêncio da casa era acolhedor e ao mesmo tempo perturbador.

Quando abri a porta, o cheiro amadeirado familiar me envolveu, mas algo parecia fora do lugar. Talvez fosse apenas minha mente exausta tentando encontrar alguma normalidade em meio ao caos que minha vida havia se tornado.

Subi as escadas lentamente, o peso da responsabilidade impregnado em cada passo. Eu deveria me sentir aliviado por finalmente tirar Magnus do hospital, por poder dizer a Amber que em dois dias estaríamos longe dali, longe do alcance de Martina. Mas, ao invés disso, havia um nó no meu peito. Um aperto desconfortável que eu não sabia explicar.

Ao chegar ao quarto, encontrei Amber sentada na beira da cama, as mãos repousando sobre a barriga, um movimento lento e inconsciente, como se estivesse acalmando as meninas. Seu olhar estava perdido na janela, observando o horizonte como se procurasse uma resposta para algo que nem eu poderia lhe dar.

"Ei," chamei suavemente, fechando a porta atrás de mim.

Ela piscou algumas vezes antes de virar a cabeça na minha direção. Um pequeno sorriso surgiu, mas não alcançou seus olhos. Eu já conhecia bem essa expressão.

"Você demorou," sua voz saiu tranquila, mas cansada.

"Estava resolvendo tudo no hospital. Magnus recebeu alta," anunciei, me aproximando.

Amber ergueu um pouco a cabeça, sua expressão suavemente surpresa.

"Isso é ótimo," ela disse, mas sem a animação que eu esperava.

Sentei-me ao lado dela, deixando um longo suspiro escapar.

"E tem mais," continuei. "Em dois dias, voltamos para casa."

Dessa vez, a reação dela foi um pouco mais visível. Ela desviou o olhar, respirando fundo, como se estivesse absorvendo a informação. Suas mãos deslizaram levemente pela barriga, um movimento protetor que me fez apertar os punhos. Eu odiava vê-la assim—sempre tão forte, mas agora carregando um peso invisível.

"Isso significa que tudo vai voltar ao normal," acrescentei, tentando soar otimista. "Bella e Louis não aguentam mais de saudade dos jardins. Eleonora e Nonna Rosajá estão organizando tudo para nossa partida. Vamos estar mais preparados para o que essas pessoas têm para nós. E logo tudo vai acabar, você vai ver. Hobbins está fazendo de tudo para que Martina não coloque os pés nos Estados Unidos sem ser presa."

Ela assentiu lentamente, mas não me olhou de imediato.

"Sim… voltar para casa é bom," sua voz saiu hesitante, e foi aí que eu soube.

Ela não acreditava nisso tanto quanto queria acreditar.

"Amber," murmurei, estendendo a mão para segurar a dela. Seus dedos estavam frios, e isso só aumentou minha preocupação. "O que foi?"

Ela finalmente encontrou meus olhos. Por um instante, seu olhar parecia atravessar todas as barreiras que tentei manter erguidas, atingindo-me direto no peito.

"Eu sei que Colorado Springs é nosso lar. Sei que é onde devemos estar," sua voz era baixa, mas carregada de emoção. "Mas e se nada disso realmente significar segurança? E se Martina tiver um plano ainda pior? E se a gente não conseguir antever o próximo passo dela? Eu não quero viver olhando por cima do ombro pelo resto da vida, Leo. Por que ela simplesmente não nos deixa em paz?"

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