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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 306

Amber

O telefone estava em minhas mãos há pelo menos cinco minutos. O nome de Gabriela brilhava na tela, e meu dedo pairava sobre o botão de chamada, hesitante.

Sabia que precisava falar com ela, mas também sabia que essa conversa poderia ser difícil. Desde que deixou o hospital e voltou para a casa da mãe, Gabi se fechou em um silêncio doloroso. Nenhuma mensagem, nenhuma ligação. Apenas o vazio de sua ausência.

Respirei fundo e apertei o botão.

O telefone tocou três vezes antes que ela atendesse.

"Amber?" Sua voz soou cansada, baixa.

Meu peito apertou imediatamente.

"Oi, Gabi…" Tentei soar leve, mas meu tom já carregava a preocupação que me consumia. "Como você está?"

Do outro lado da linha, o silêncio foi longo demais.

"Eu estou… bem." Sua resposta foi hesitante, frágil.

Fechei os olhos, porque sabia que era mentira.

"Você nunca conseguiu mentir para mim," murmurei, tentando arrancar a verdade.

Ela soltou um riso seco, sem humor.

"Não estou bem," confessou enfim, sua voz embargando no final. "E odeio isso, Amber. Odeio me sentir assim, mas vai passar."

Segurei o telefone com mais força, sentindo sua dor atravessar a distância que nos separava.

"Gabi…"

"Eu sinto que estou perdendo ele," sua voz quebrou. "E eu não posso fazer nada. Ele me afastou, Amber. Simplesmente… me afastou. E o pior? Eu não posso culpá-lo por isso. Eu sei como funciona a recuperação e sei como tudo deve acontecer, mas na prática, é tão doloroso."

Fechei os olhos por um momento, sentindo um nó na garganta.

"Eu sei que isso deve estar te destruindo," sussurrei. "Mas, Gabi… talvez ele só precise de tempo."

"É, eu sei..." Ela riu, mas havia tanto desespero nesse som que meu coração se apertou ainda mais. "Mas a forma que ele me olhou quando outra lembrança invadiu sua mente, de um jeito que parecia que ele não me reconhecia mais. Eu tive pesadelos com aquele olhar. Nem mesmo quando não eramos um casal ele me olhou daquela forma."

"Não fala assim," implorei. "É só uma fase..."

"Mas é a verdade." O peso em sua voz era esmagador. "Você precisava ver. Não havia nada ali, Amber. Nada."

Eu apertei minha barriga instintivamente, sentindo um turbilhão de emoções.

"Você realmente acha que ele pode resolver te apagar da vida dele?" perguntei, com delicadeza.

"Eu acho que ele está lutando contra o que sente," Gabriela admitiu, sua voz soando ainda mais fraca. "Porque se ele admitisse, se ele me deixasse ficar… então significaria que ele estaria tentando entender a química e as reações de seu corpo. Mas isso não se encaixa na narrativa que a mente dele criou. Eu só posso esperar que um dia...ele desperte."

"Isso não significa que ele não vá perceber," argumentei. "Magnus sempre foi um homem prático, mas nunca foi burro. Ele sente, Gabi. Eu sei que sente. Ele só precisa de tempo para entender isso."

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