Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 308

Amber

Terminei de dobrar a última peça de roupa e a guardei na gaveta, soltando um longo suspiro. Estávamos de volta. A casa, mesmo com sua grandiosidade, parecia diferente, como se o peso de tudo o que vivemos nos últimos meses tivesse se alojado entre suas paredes.

Minhas mãos deslizaram para minha barriga, sentindo o leve movimento das meninas. Eu queria que esse fosse um recomeço. Eu queria acreditar que agora estávamos seguros.

Mas quando Leonardo entrou no quarto, o semblante carregado, soube imediatamente que algo estava errado.

"Amber, preciso que se sente", ele disse, a voz firme, mas carregada de algo que não consegui decifrar de imediato.

Franzi o cenho, minha mão instintivamente apertando a cama ao meu lado antes de finalmente me sentar.

"O que foi?" perguntei, meu coração acelerando de imediato. "As crianças estão bem?"

Leonardo respirou fundo e cruzou os braços, como se estivesse escolhendo as palavras certas.

"Eles estão, não se preocupe. É outra coisa."

"Que coisa, Leonardo. Fala logo!"

Há uma mulher na sala…", ele começou, e minha pele se arrepiou antes mesmo que ele terminasse. "Ela diz que é sua mãe."

O mundo ao meu redor pareceu girar.

Meu estômago revirou, e um arrepio subiu pela minha espinha.

"Isso… isso não é possível", murmurei, a voz saindo fraca. "Minha mãe morreu no parto. Meu pai me disse isso desde sempre."

Leonardo assentiu lentamente, seus olhos ainda fixos em mim, avaliando cada uma de minhas reações.

"Eu sei", disse. "Mas essa mulher… Amber, é a mesma daquela foto que você carrega. E está esperando para falar com você."

Engoli em seco, minha mente girando a mil por hora. Tudo isso era um erro. Alguma brincadeira cruel do destino. Isso não podia ser real.

"Quer que eu a mande embora?" Leonardo perguntou, sua voz baixa, mas firme.

Olhei para ele, meus olhos marejados e minha mente um turbilhão de emoções. Eu queria dizer sim. Queria pedir para ele tirá-la daqui, me poupar dessa confusão. Mas uma parte de mim precisava de respostas.

Neguei com a cabeça, minha voz quase inaudível. "Eu… preciso vê-la."

Leonardo estendeu a mão, e eu a agarrei com força, como se minha vida dependesse disso.

Juntos, descemos as escadas.

Cada passo que eu dava em direção à sala parecia um peso extra sobre meus ombros. Meu peito apertava, minha garganta estava seca. A voz do meu pai ecoava na minha mente.

"Sua mãe morreu quando você nasceu."

"Foi um parto difícil."

"Não havia nada que pudesse ser feito."

Quando chegamos à sala, meus olhos a encontraram.

E tudo dentro de mim desmoronou.

Meu corpo ficou dormente, como se o mundo ao meu redor tivesse ficado em câmera lenta. Meus joelhos falharam. Um soluço engasgado escapou da minha garganta, e se não fosse por Leonardo segurando minha cintura com firmeza, eu teria desmoronado ali mesmo.

A mulher diante de mim… tinha meus traços. Os mesmos olhos. O mesmo formato de rosto.

Minha mãe.

Isso era impossível.

Ela sorriu, os olhos marejados de emoção.

"Amber", sua voz saiu como um sussurro carregado de sentimentos. "Minha menina…"

O ar me faltou.

"Isso não pode estar acontecendo", murmurei, minha mente recusando-se a aceitar o que meus olhos estavam vendo.