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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 309

Amber

O silêncio na sala era pesado, como se cada palavra trocada entre nós ainda pairasse no ar. Minha mente girava, tentando absorver tudo o que minha mãe—Uria Bayer—havia acabado de me contar.

Ela se levantou do sofá, me lançando um último olhar carregado de expectativa. Mas eu não conseguia retribuir. Ainda não sabia o que sentir.

"Eu sei que você precisa de tempo," ela disse, ajeitando a alça da bolsa no ombro. "Mas estarei aqui, sempre que estiver pronta para conversar."

Não respondi de imediato. Apenas observei enquanto ela caminhava até a porta. Sua postura era calma, relaxada demais para uma mulher que havia acabado de fazer uma revelação daquele tamanho. Sua aparência descuidada, os traços de cansaço marcados em seu rosto, me faziam pensar em tudo o que ela teria passado ao longo dos anos.

Mas algo em mim ainda gritava para tomar cuidado.

Leonardo ficou ao meu lado, sua presença firme e protetora. Ele esperou até que a porta se fechasse antes de falar.

"O que você acha?" Ele perguntou, a voz baixa, mas carregada de tensão.

Demorei a responder. Minhas emoções estavam uma bagunça.

"Eu não sei."

Respirei fundo, cruzando os braços e olhando para a janela, tentando organizar os pensamentos.

"Tudo isso é demais para processar." Minha voz saiu mais baixa do que eu queria. "Ela parecia sincera, Leo… mas ao mesmo tempo, como posso acreditar? Como posso simplesmente aceitar que tudo que meu pai me disse foi uma mentira?"

Leonardo soltou um suspiro, esfregando a nuca.

"Não sei, Amber. Mas tem algo que me incomoda nessa história."

Virei-me para encará-lo.

"O que exatamente?"

Ele me lançou um olhar firme.

"O momento em que ela apareceu. Acha coincidência que justamente agora, quando estamos há meses aparecendo nos jornais e revistas, ela tenha surgido?"

Minha garganta secou.

"Eu pensei isso, Leo."

"E por que só agora?" Sua voz saiu carregada de irritação contida. "Você não acha estranho? Ela teve anos para te procurar, e só quando nosso nome está estampado na mídia, ela surge do nada? E exatamente no dia em que chegamos da Itália?"

Eu sabia que ele tinha um ponto. Eu sabia que ele estava certo em questionar. Mas a ideia de que minha mãe poderia estar mentindo… era dolorosa demais.

"E se for verdade? Se ela realmente me procurou esse tempo todo?" Minha voz soou mais emocional do que eu gostaria.

Leonardo segurou meu rosto entre as mãos, seu olhar me prendendo como uma âncora.

"Se for verdade, então eu quero ter certeza."

Aquela frase me atingiu em cheio.

"O que está dizendo?"

Ele soltou um longo suspiro antes de dizer:

"Vou investigar. Vou atrás do passado dela, ver onde esteve, com quem esteve. Se o que ela disse é verdade, vamos saber. Se for mentira…"

Ele não precisou terminar a frase.

Meu peito apertou. Eu queria protestar, mas sabia que ele estava certo.

"Tudo bem." Minha voz saiu hesitante. "Se você acha que isso é o certo, então faça. Mas eu só darei uma chance a ela se você disser que é seguro."

Leonardo assentiu, satisfeito com minha resposta.

Por um momento, achei que o assunto estava encerrado. Mas então, algo dentro de mim insistiu, e antes que eu pudesse me segurar, as palavras saíram:

"E se eu for até meu pai?"

O silêncio entre nós foi imediato.

O olhar de Leonardo endureceu. Sua postura se fechou no mesmo instante.

"O quê?"

"Talvez ele possa me dizer se isso tudo é verdade," murmurei, incerta. "Ele é a única pessoa que pode confirmar essa história."

A mudança no rosto de Leonardo foi instantânea.

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