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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 313

Amber

Assim que entrei em casa, o peso da conversa com Leonardo ainda me pressionava o peito, como se estivesse sufocando. Eu queria gritar. Queria chorar. Queria socar alguma coisa, mas nada disso me traria as respostas que eu tanto precisava.

Subi as escadas rapidamente e fechei a porta do quarto atrás de mim, girando a chave sem pensar duas vezes. O silêncio era absoluto, mas dentro de mim, o caos rugia como um furacão. Meu corpo tremia, minha respiração estava descompassada, e eu sentia as lágrimas queimando atrás dos olhos.

Leonardo não entendia. Ele nunca entenderia.

Andei de um lado para o outro, passando as mãos pelo rosto, tentando organizar os pensamentos, mas era inútil. As palavras de Walter ecoavam na minha mente, destruindo qualquer racionalidade que eu ainda tentava manter.

"Nada de bom pode sair de duas pessoas como eu e Uria."

"Você é tão podre quanto nós."

"Pode fingir que é melhor, mas é questão de tempo até destruir tudo ao seu redor."

Minhas mãos foram automaticamente para minha barriga.

E se ele estivesse certo?

E se eu fosse como eles?

E se, no final, eu me tornasse uma mãe tão ruim quanto a que me abandonou e o homem que me criou apenas para me usar?

O pânico cresceu no meu peito, subindo pela minha garganta como ácido. Me joguei na cama, puxando o travesseiro e apertando contra meu peito, tentando conter a onda de desespero que me inundava.

Minha respiração ficou frenética, e eu sabia o que estava acontecendo. Um ataque de pânico. Eu já tive antes. Mas dessa vez era diferente. Dessa vez era um medo genuíno do que eu poderia ser.

Meus filhos.

E se eu falhasse com eles?

Fechei os olhos com força e peguei o telefone, minhas mãos tremendo tanto que quase o derrubei ao destravar a tela. Apertei o nome de Gabriela, sentindo o coração martelar enquanto esperava ela atender.

Depois de três toques, sua voz surgiu do outro lado da linha, calma e acolhedora como sempre.

"Amber? Tudo bem, querida?"

O nó na minha garganta se apertou.

"Eu... não sei... Eu só... Eu não consigo..." Minha voz falhava, o desespero transbordando.

"Respira", Gabriela disse rapidamente, sua voz firme, mas gentil. "Amber, me ouve. Você está segura. Você está em casa. Fecha os olhos e respira fundo comigo."

Tentei seguir sua instrução, mas minha respiração vinha irregular, errática.

"Ele estava certo, Gabi", soltei, sem nem perceber o que estava dizendo.

"Quem estava certo?"

"Meu pai", minha voz saiu em um sussurro carregado de dor.

Gabriela ficou em silêncio por um instante antes de perguntar com cuidado: "VocÊ o viu? O que ele te disse?"

Engoli em seco e apertei o travesseiro ainda mais forte.

"Que eu sou como eles. Que eu sou podre. Que nada de bom pode sair de duas pessoas como Walter e Uria." Meu peito doía. "E se ele estiver certo, Gabi? E se eu for uma mãe horrível? E se eu estragar tudo?!"

"Não", Gabriela disse imediatamente. "Ele não está certo, Amber. E você sabe disso."

"Não sei!", explodi, sentando-me na cama, os olhos cheios de lágrimas. "Olha o que eu fiz! Olha as decisões que tomei! Eu me joguei em uma busca desesperada sem pensar nas consequências. Eu estou me tornando obcecada pelo meu passado, e isso está afetando tudo ao meu redor! Eu briguei com Leonardo. Eu estou afastando ele. Eu estou ferrando com tudo."

"Amber, você está lidando com algo enorme", Gabriela respondeu pacientemente. "É normal querer respostas. Mas isso não te faz ruim. Não te faz como eles."

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