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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 322

Amber

O sol ainda brilhava suavemente no céu, filtrando-se pelas árvores e lançando sombras esparsas pelo gramado. O riso de Louis e Bella ecoava pelo jardim, e, por um momento, eu tentei me convencer de que aquilo era normal.

De que não havia nada errado.

Uria estava ali, sentada na grama com um sorriso sereno nos lábios, observando as crianças com um olhar que parecia… genuíno. Mas eu sabia que tudo o que envolvia aquela mulher vinha com um peso, com uma sombra oculta.

E, ainda assim, eu a deixei entrar.

Eu a deixei chegar perto.

"Vocês dois são tão parecidos comigo quando criança," Uria comentou, seu tom carregado de nostalgia. "Amber, você costumava correr assim também?"

A pergunta me pegou desprevenida. Eu não tinha lembranças felizes da infância, não tinha momentos de risadas despreocupadas como aquelas.

"Não," respondi com frieza, cruzando os braços.

Ela me olhou por um instante, como se quisesse dizer algo, mas desistiu.

"Mas fico feliz que eles tenham isso," acrescentou, observando Bella pular animadamente ao redor de Louis.

As crianças, diferentes da última vez, pareciam mais curiosas sobre ela. Louis, embora mais reservado, ainda roubava olhares na direção da mulher, enquanto Bella, sempre mais aberta, já fazia perguntas demais.

"Você sabe faze bicoitos como a Nonna Rosa?" ela questionou, os olhos brilhando.

O sorriso de Uria aumentou. "Eu costumava assar, mas faz muito tempo. Talvez possamos tentar juntas um dia."

Meu estômago revirou.

"Isso não vai acontecer," disse rapidamente.

Uria me encarou com calma. "Não precisa ser logo, Amber. Entendo seu receio."

"Entende?" Cruzei os braços, estreitando os olhos. "Porque me parece que você está ignorando completamente o fato que não somos uma família feliz e quer voltar como se nada tivesse acontecido."

Ela suspirou, balançando a cabeça. "Eu fiz o que achei melhor. Você precisava de tempo para decidir o que queria. Mas não aguentava mais ficar longe."

"Decidir o quê? Se quero ou não confiar em você?" Minha voz carregava ceticismo. "Porque se for isso, eu já decidi. E a resposta é não."

Ela assentiu lentamente, como se já esperasse aquela resposta.

"Eu só quero ser parte da sua vida," disse suavemente. "E da vida deles."

Antes que eu pudesse rebater, ouvi um grito agudo.

Louis.

Meu corpo reagiu antes mesmo da minha mente processar. Me virei a tempo de vê-lo tropeçar e cair de joelhos na grama. O choro veio imediatamente, alto e angustiado.

"Filho!" Corri até ele, o coração disparado.

Havia um pequeno corte no joelho, sangue manchando sua pele clara. Meu peito apertou com a aflição dele, a dor nos seus olhos me atingindo como uma faca.

"Shhh, vai ficar tudo bem," murmurei, pegando-o no colo.

O soluço dele aumentou, os bracinhos apertando meu pescoço. Meu instinto imediato foi correr para dentro e tratar do ferimento.

"Uria, fica de olho em Bella," pedi, sem pensar muito.

Ela assentiu, mas seus olhos brilharam por um segundo.

Eu ignorei o desconforto, concentrando-me em Louis.

Corri para dentro de casa, segurando-o firmemente. Cada soluço dele fazia meu coração doer.

"Eu sei, meu amor. Eu sei que dói, mas a mamãe já vai limpar e cuidar de você, tá bom?"

"Arde," ele soluçou, segurando meu braço com força.

"Vai passar rapidinho," murmurei, depositando um beijo em seus cabelos enquanto o colocava sobre o balcão da cozinha.

Peguei o kit de primeiros socorros e comecei a limpar o ferimento com delicadeza, soprando para aliviar o ardor.

"Você foi muito corajoso," sussurrei, enquanto colocava um curativo colorido sobre o machucado.

Louis fungou, seus olhos ainda marejados.

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