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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 325

Amber

O silêncio do quarto era ensurdecedor.

A luz do abajur lançava sombras nas paredes, mas tudo parecia frio, distante, como se eu estivesse presa em um pesadelo do qual não conseguia acordar. Desde que Bella desapareceu, o tempo perdeu qualquer sentido. Eu não sabia mais se era dia ou noite, se tinha dormido ou apenas desmaiado de exaustão.

Mas nada disso importava.

A única coisa que importava era minha filha.

Bella estava lá fora, em algum lugar. E eu não sabia o que ela estava passando.

O pânico crescia dentro de mim, uma fera descontrolada tentando romper as correntes do meu autocontrole. Eu precisava acreditar que Leonardo e os seguranças a encontrariam. Eu precisava acreditar que ela voltaria para casa. Mas a culpa era sufocante, esmagadora, corroendo cada parte de mim.

Fechei os olhos, apertando o travesseiro contra o peito, tentando ignorar a dor que parecia pulsar dentro de mim.

Então, o celular vibrou na mesa de cabeceira.

Meu coração parou.

Minha mão se moveu antes mesmo que minha mente processasse, agarrando o aparelho com dedos trêmulos. O nome que eu mais queria ver… mas também o que mais temia.

Desconhecido.

Minha garganta secou.

Era ela.

Atendi sem pensar, minha voz saindo urgente e sufocada.

"Cadê minha filha?!"

O riso de Uria foi a primeira coisa que ouvi.

"Que saudade, Amber."

Meu sangue ferveu.

"Não brinca comigo, sua desgraçada!" minha voz saiu alta e desesperada, "Se você encostar um dedo nela, eu—"

"Se você quer vê-la de novo, cale a boca," Uria me cortou, sua voz assumindo um tom ameaçador. "E preste atenção."

Minha respiração ficou presa.

"Se alguém souber que estamos conversando agora," ela continuou, com a calma de quem controlava completamente a situação, "eu desligo. E você nunca mais verá sua preciosa filhinha."

O arrepio gelado percorreu minha espinha.

Engoli em seco, sentindo um nó apertado se formar na minha garganta. Eu queria gritar. Eu queria xingá-la. Mas não podia.

Eu não podia arriscar.

"Por quê?" minha voz saiu rouca, baixa. "Por que você fez isso?"

Uria suspirou do outro lado da linha, como se estivesse lidando com uma criança teimosa.

"Porque você não me escutou," ela respondeu. "Eu voltei para a sua vida, tentei me aproximar, tentei mostrar que queria fazer parte. Mas você sempre foi cabeça dura, Amber. Sempre me manteve à distância. Nunca me deu uma chance de verdade."

Cerrei os punhos. Meu peito subia e descia de maneira irregular, minha cabeça fervendo de raiva e desespero.

"Você acha que sequestrar minha filha foi a melhor forma de conseguir minha atenção?"

"Bom, funcionou, não funcionou?" Uria riu suavemente.

Fechei os olhos com força, prendendo um soluço de ódio e medo.

"Você não precisava fazer isso," sussurrei, minha voz falhando.

"Precisava sim," Uria rebateu, sem hesitação. "Você não queria me ouvir, Amber. Então agora você não tem escolha."

Minha cabeça latejava.

Eu queria dizer que agora eu só queria vê-la apodrecer na prisão, mas sabia que precisava jogar o jogo dela.

Pelo bem da Bella.

Respirei fundo.

"Eu só tive medo," forcei as palavras, tentando soar hesitante, tentando soar vulnerável.

"Medo de mim, querida?" Uria debochou. "Por quê?"

Meu estômago revirou.

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