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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 34

Amber

Me levantei da cama, tentando ignorar a tontura que fez o quarto girar. Segurei-me na cabeceira, esperando que a sensação passasse, mas Leonardo já estava ao meu lado, suas mãos grandes segurando meu rosto.

"Ei, você está bem? O que você está sentindo?" sua voz carregava uma preocupação que me desconcertou.

"Nada demais," tentei me esquivar. "Só uma tontura. Noite mal dormida, você sabe..."

“Deixe-me ver sua mão," ignorou minha desculpa, segurando meu pulso delicadamente. "Está mais inchada que ontem. Vou chamar um médico."

"Não precisa, eu..."

"Não é uma sugestão, Amber," seu tom era firme, mas gentil. "Você não está cuidando dela de maneira adequada. Se isso infeccionar, pode ser ainda pior do que a dor que sente agora."

"Puf, bobagem. Eu sei me cuidar." falei apoiando minha mão boa em sei peito.

"Não é bobagem cuidar de sua saúde." ele alisou meu rosto, e me senti perdida, mas logo o empurrei.

"Você tem essa mania irritante de ficar perto demais," recuei um passo, ignorando como meu corpo reagia à sua proximidade. Não podia me dar ao luxo de depender de ninguém novamente. Não depois de Peter.

"Eu disse que te faria implorar..."ele sussurrou, e arregalei meus olhos.

Escapei para o banheiro, meu corpo todo queimando com sua proximidade. Joguei água fria no rosto, deixando algumas gotas escorrerem por meu pescoço na tentativa de aplacar o calor que parecia emanar de dentro para fora. Um arrepio percorreu minha espinha, contrastando com o calor da minha pele, esse homem mexia comigo de uma forma inexplicável.

Passei a mão úmida pela nuca, sentindo-a quente sob meus dedos. O ar parecia denso demais, como se o pequeno banheiro não tivesse oxigênio suficiente. Era sua presença. Seus olhos intensos, seu perfume que ainda estava impregnado em minha memória do abraço da noite anterior, a maneira como sua voz grave reverberava por meu corpo, qualquer explicação parecia mais plausível do que admitir que algo não estava bem comigo.

No espelho, meu reflexo revelava mais do que eu queria ver: bochechas coradas demais, olhos mais brilhantes que o normal, cabelos desgrenhados colando na testa úmida. Mordi o lábio, consciente de como devia estar parecendo vulnerável e desarrumada perto dele. Justo ele, que mesmo depois de dormir em uma cama minúscula, ainda conseguia parecer impossivelmente elegante.

"Não seja idiota, ele nem repara em você." fiz minha higiene e joguei mais água no rosto, tentando desacelerar minha mente. Arrumei meus cabelos em um coque frouxo, e tentei alisar a roupa larga que eu vestia.

"É o que temos, senhorita." falei, indo em direção a porta.

Quando voltei ao quarto, a cena me pegou desprevenida: Louis e Bella sentados um de cada lado de Leonardo na cama, conversando animadamente sobre algo que fazia os três rirem. Meu coração apertou, em seus poucos anos, nunca vi meus filhos tão à vontade com Peter.

"Por que não escolhi alguém assim para ser o pai dos meus bebês?" falei baixinho.

"E aí o dagão fez VUUUSH!" Louis gesticulava, fazendo Leonardo rir.

"Não, bobo, dagões fazem RAWR!" Bella corrigiu, séria.

Engoli o nó na garganta, forçando-me a afastar esses pensamentos. Comecei a guardar nossas poucas roupas na bolsa que Valéria havia nos dado, sentindo o olhar de Leonardo me seguir pelo quarto. Havia algo em seu modo de olhar que me deixava inquieta, como se ele pudesse ver através de todas as minhas defesas.

"Pronto," anunciei, fechando a bolsa. "Podemos ir."

Leonardo se levantou, estendendo as mãos para as crianças. "Vamos nessa, picollinos?" Os dois se levantaram em um pulo, e seguraram a mão dele de imediato, sem receio algum. Caminhei até a porta, abrindo-a para eles, e Leonardo piscou ao passar por mim.

Na escada, meu coração derreteu vendo como ele guiava cada passo deles. "Devagar, Louis. Segura no corrimão, Bella. Isso mesmo." e os dois obedeciam aos seus comandos, agarrados a mão dele, como eu queria fazer.

Na recepção, encostei no balcão desgastado. "Bom dia, senhora Thompson. Quanto lhe devo?" falei sentindo minha cabeça pesar um pouco mais.

"Oh querida, seu marido já acertou tudo," ela sorriu, olhando por sobre meu ombro. "Não precisa se preocupar com nada."

O nome dela fez minha mão latejar, uma dor aguda atravessando minha cabeça. Observei as crianças correrem pelo lobby luxuoso, meu instinto sendo conter sua euforia.

"Deixe-os," Leonardo tocou meu braço suavemente. "Este lugar existe para trazer alegria. Deixe-os sentir isso." Seus risos livres e satisfeitos, eram puro deleite para mim. Eles nunca puderam se expressar plenamente.

No elevador panorâmico, notei os olhares curiosos dos funcionários, alguns respeitosos, outros claramente especulativos.

"Tem certeza?" falei assim que a porta do elevador se abriu dentro do quarto.

A suíte presidencial era de tirar o fôlego, com vista para as pistas de esqui cobertas de neve. Andei de vagar para dentro do quarto enquanto as crianças corriam como loucas. Soltei a bolsa sobre o sofá, observando a magnitude do lugar. Quando me virei, Leonardo estava ao telefone e ouvi: "Mande subir um café completo para quatro... não, apenas três. Preciso resolver algo urgente." Ele desligou e se aproximou de mim.

"Fique à vontade, volto em algumas horas." ele falou pegando o celular novamente.

"Leonardo..." chamei, e ele se virou para mim. "O que está acontecendo?"

"Nada para você se preocupar." ele sorriu, mas seus olhos estavam tensos. Seu celular vibrou novamente e ele o olhou rapidamente. "Droga..."

"Mamãe, olha que legal!" Bella gritou da varanda e me virei instintivamente para ela.

Quando voltei a olhar para Leonardo, ele já estava no elevador. Por um momento, nossos olhos se encontraram antes das portas se fecharem, havia algo em seu olhar que me deixou inquieta. Uma mistura de preocupação e determinação que fez meu estômago revirar.

Ou talvez fosse apenas minha cabeça latejando cada vez mais forte.

"Bella, saia da varanda agora!" gritei quando uma tontura mais forte me atingiu. A última coisa que vi foi Louis correndo em minha direção, chamando por mim, antes que tudo escurecesse.

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