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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 42

Amber

Os gêmeos finalmente adormeceram, suas respirações suaves o único som no quarto, após eu desligar o desenho que eles tanto adoravam. Me levantei devagar, sentindo necessidade de agradecer a Leonardo por tudo que estava fazendo por nós.

O encontrei na sacada, debruçado sobre o parapeito com um copo na mão. Hesitei na porta, mas ele se virou antes que eu pudesse falar.

"Vem aqui, B," sua voz rouca me chamou. "Sei que está aí."

Me aproximei timidamente. "Como?"

"Não sei, mas sempre sei," ele respondeu simplesmente. "Como estão as crianças?"

"Dormiram," murmurei, observando seu perfil contra o céu estrelado. "Acho que o dia movimentado as cansaram. Se bem que Magnus está de parabéns. Eles adoraram todas as brincadeiras que ele propôs e já querem saber quando vão brincar com o tio Magnus de novo."

"Magnus ama crianças. Se não me engano, ele tem 3 sobrinhos já adolescentes, mas quando eram crianças, ele fazia questão de levá-los a todos os lugares, e fazer todo tipo de brincadeira possível." concordei parando ao lado dele.

"Ele não é casado? Não tem filhos?" Leonardo me encarou por um instante. Provavelmente aquela era uma informação que a Amber do passado saberia.

"Ele sofreu um acidente quando era criança, e não pode ter filhos, então ele simplesmente não se acha digno de privar alguém do mesmo destino que o dele." aquilo fez meu coração se apertar.

"Coitado..." falei observando a paisagem a frente.

A pista de patinação lá embaixo estava fechada, mas as luzes que a contornavam criavam um espetáculo particular só para nós. O vento frio da noite encontrou uma brecha em minhas roupas, me fazendo estremecer involuntariamente. Leonardo percebeu e, sem dizer nada, entrou na sala voltando segundos depois com um cobertor macio.

Ele se aproximou por trás de mim, jogando o tecido sobre meus ombros com delicadeza. Suas mãos permaneceram ali, grandes e quentes, enviando ondas de calor por todo meu corpo. Inclinei levemente a cabeça para trás, sentindo seu perfume masculino me envolver tanto quanto o cobertor. O tempo pareceu congelar naquele momento, com suas mãos ainda em meus ombros e seu corpo próximo demais do meu.

"Melhor assim?" sua voz rouca em meu ouvido fez todos os pelos da minha nuca se arrepiarem.

Assenti, absorvendo seu cheiro no tecido. "A vista é linda."

"Com certeza é." olhei para ele, mas seus olhos estavam fixos em mim e corei, desviando rapidamente o olhar. "Como está a mão?" ele me questionou depois, quebrando o clima chato que queria se infiltrar.

"Melhor. Os remédios finalmente estão fazendo efeito," respondi, mas um arrepio involuntário percorreu minha espinha quando seu olhar encontrou o meu. Havia algo diferente nele, sua postura tensa, o maxilar travado, o modo como seus dedos apertavam o copo em sua mão. Seu sorriso não alcançava os olhos, que permaneciam sérios, quase sombrios.

Um nó se formou em meu estômago. Era estranho como, mesmo sem minhas memórias, eu parecia conhecer suas expressões. Sabia, instintivamente, que algo estava errado. A mesma conexão inexplicável que me fazia tremer sob seu toque agora me alertava de que algo o perturbava profundamente.

"Tem algo errado, não tem?" as palavras escaparam antes que pudesse contê-las.

"O que foi?" perguntei, meu coração acelerando.

Ele suspirou pesadamente. "Você não vai gostar..."

"Você lembra disso?" ele murmurou, sua voz rouca de desejo. "Seu corpo lembra de mim, B?"

E lembrava. Cada centímetro da minha pele clamava por seu toque como se tivesse esperado por ele esses três anos. Peter sempre pareceu errado porque não era Leonardo, não eram essas mãos, esses lábios, esse calor que meu corpo conhecia tão bem.

Quando nos separamos, ofegantes, seus olhos escuros queimavam nos meus. Tentei me desculpar, constrangida pela intensidade do momento, mas ele riu baixo, me puxando para outro beijo devastador que fez todo meu corpo tremer de necessidade.

Mordiscou meu lábio ao se afastar, fazendo uma corrente elétrica descer por minha espinha. "Não se desculpe," encostou sua testa na minha, suas mãos ainda possessivas em minha cintura. "Esperamos três anos por isso."

"Mas..." hesitei, meu corpo ainda pulsando com desejo.

"Não pense," ele sussurrou, roçando seus lábios nos meus. "Apenas sinta. Seu corpo sabe a verdade, mesmo que sua mente ainda não lembre." Ele voltou a tomar minha boca com desejo, e me derreti em seus braços, sentindo meu coração disparado com as sensações que ele me fazia sentir.

E pela primeira vez em três anos, algo dentro de mim se encaixou perfeitamente no lugar.

Mas então, uma voz infantil nos alcançou da porta da sacada:

"Tio Léo, por que você tá beijando a mamãe? Agora você vai mesmo ser nosso papai?"

A voz sonolenta de Louis nos fez congelar no lugar. O olhar de pânico que troquei com Leonardo dizia tudo, como explicaríamos isso a uma criança de dois anos?

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