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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 43

Amber

Me afastei de Leonardo bruscamente ao ver Louis parado na porta da sacada, seu dinossauro verde arrastando pelo rabo enquanto ele nos observava com curiosidade infantil.

"Meu amor," corri até ele, tomando-o nos braços. "Não é nada do que você viu. O tio Léo só estava... tirando algo do meu rosto."

"Com a boca?" seus olhinhos astutos me encararam, e senti minhas faces queimarem.

A risada grave de Leonardo ecoou atrás de mim. Ele se aproximou, braços estendidos, e Louis praticamente pulou em sua direção. "Não era nada, campeão. Mas o que você faz acordado tão tarde?"

"Tive um pesadelo," ele se aconchegou nos braços de Leonardo. "Vocês podem domi comigo?"

"Vocês?" engasguei. "Querido, a mamãe pode..."

"Quelo os dois!" ele apertou o pescoço de Leonardo. "Mamãe me abaça e tio Léo espanta os monstos."

Mordi o lábio, observando a facilidade com que meu filho confiava nele. Era perigoso, extremamente perigoso permitir essa aproximação.

"Claro que sim, piccolo," Leonardo já caminhava para o quarto como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo.

Fiquei parada, sentindo meus lábios ainda formigarem do beijo, meu corpo inteiro vivo com sensações que não conseguia, ou não queria, controlar. A forma como ele tratava Louis, tão natural, tão... paternal.

"Não vem, B?" sua voz me trouxe de volta.

"Não acho uma boa ideia." falei caminhando lentamente até ele, e ele ergueu a sobrancelha para mim.

"Não?" Louis já tinha seus olhos fechados, sua cabeça encostada no ombro de Leonardo.

"Não...não quero confundi-los. Eles não precisam se apegar a você e depois..."

"Conversaremos sobre isso amanhã." ele me cortou e entrou no quarto, ignorando meus receios.

Entrei logo em seguida, ainda nervosa e encontrei Bella atravessada na cama king size.

"Ela é espaçosa." falei sorrindo para minha menininha, e a arrumando na cama.

"Ela é esperta." ele falou sorrindo observando a cena.

Ajeitamos as crianças entre nós, cada um em uma ponta, mas de frente um para o outro. Louis se agarrou a Leonardo instantaneamente, e senti uma pontada de... ciúme? Por três anos, fui o único porto seguro deles. Vê-los confiando tão facilmente em outra pessoa era assustador.

Nossos olhares se encontraram sobre as cabecinhas dos pequenos. Havia algo novo nos olhos dele, um brilho de pertencimento que fez meu coração disparar.

"Descanse," ele sussurrou. "Estou aqui para proteger vocês."

Fechei os olhos, mas a lembrança do beijo invadiu minha mente imediatamente. O calor de seus lábios, suas mãos...

Um gemido baixo me fez abrir os olhos. Leonardo ainda me observava intensamente. Ergui uma sobrancelha em questionamento, e seu sorriso sedutor fez meu estômago dar uma volta.

"Queria que Louis não tivesse acordado," sua voz era puro veludo. "Tinha tantas outras lembranças para despertar em você..."

Ofeguei baixinho, meu corpo respondendo instantaneamente à promessa em sua voz.

Ele estendeu o braço por cima das crianças, seus dedos encontrando meu rosto com uma familiaridade perturbadora. "Vou trazer a normalidade de volta aos nossos dias, B. Prometo."

"Foi só um pesadelo," murmurei para mim mesma, abraçando meu próprio corpo. "Só mais um pesadelo." me encolhi tentando acalmar meu corpo ainda tremulo.

"B?" A voz suave de Leonardo me fez pular. Antes que pudesse responder, senti seus braços me envolverem por trás, me puxando contra seu peito. "O que foi? Por que saiu da cama?"

Me encolhi, incapaz de falar. O calor dele, seu perfume, a força gentil de seu abraço... tudo parecia tão certo, tão seguro.

"Eu só tive um sonho ruim," falei depois de algum tempo, ainda sentindo seu calor acalmar meu coração disparado.

"Quer me contar?" seus lábios roçaram meu cabelo.

"O porão," sussurrei, sentindo seu corpo ficar tenso. "Ele... Peter costumava nos trancar lá quando..." minha voz falhou.

Leonardo me virou em seus braços, suas mãos enquadrando meu rosto. No escuro, seus olhos brilhavam de fúria contida.

"Nunca mais," sua voz saiu rouca. "Ele nunca mais vai chegar perto de vocês."

"Você não conhece Peter," fechei os olhos, mais lágrimas escapando. "Ele sempre consegue o que quer. Sempre..."

"Olha pra mim," ele pediu suavemente. Quando obedeci, havia uma determinação feroz em seu olhar. "Eu também sempre consigo o que quero, B. E o que eu quero é minha família segura."

"Sua família?" a palavra fez meu coração saltar. "Não somos..." mas seus lábios detiveram minhas palavras. O beijo foi suave e aqueceu meu coração.

"Minha," ele encostou sua testa na minha, seu hálito quente contra meus lábios. Aquela única palavra carregava tanto significado, tanta promessa, que senti meus joelhos fraquejarem. "De um jeito ou de outro, vocês são meus para proteger agora."

Fechei os olhos, deixando aquela sensação de pertencimento me envolver como um cobertor quente em uma noite fria. Era errado confiar tão facilmente, entregar meu coração assim. Mas cada célula do meu corpo parecia reconhecer seu toque, como se tivesse esperado por ele durante esses três anos de escuridão.

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