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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 44

Leonardo

O sono não vinha. Como poderia, com as palavras dela sobre o porão ecoando em minha mente? Observei Amber e as crianças dormindo pacificamente, tentando controlar a fúria que crescia em meu peito cada vez que imaginava o que aquele desgraçado tinha feito com eles.

"Que merda de punição é essa?" sussurrei no escuro, meus olhos fixos no teto como se pudesse encontrar respostas nas sombras. "Por que eles?"

A pergunta pairou no ar sem resposta. Não era eu quem merecia sofrer? Como pude deixar isso acontecer? Três anos. Três malditos anos eles estavam à mercê daquele monstro enquanto eu vivia minha vida, alheio a tudo.

As peças do quebra-cabeça agora pareciam tão óbvias que me faziam sentir um idiota. O desaparecimento repentino de Amber, o acidente suspeito, o contrato da Delux... tudo estava conectado. E eu, em minha arrogância de CEO todo-poderoso, não tinha visto nada.

"Eu deveria ter procurado mais," murmurei, passando as mãos pelo rosto em frustração. "Deveria ter percebido..."

O som suave da respiração das crianças era como uma acusação silenciosa. Enquanto eu construía meu império, eles viviam um inferno nas mãos de Peter.

Assim que os primeiros raios de sol começaram a tingir o céu, me levantei cuidadosamente. Precisava de um banho e precisava agir. Em meu quarto, vesti a armadura que conhecia tão bem, camisa social perfeitamente passada, calças sob medida, o relógio que custava mais que muitos carros. CEO da MGroup. O homem que conseguia tudo que queria.

"Hobbins," falei ao telefone enquanto ajustava os punhos da camisa. "Quero ação imediata. Não é só um caso de custódia, são vidas em risco. Quero que impeça qualquer aproximação de Peter a Amber e as crianças, e quero que defina uma proteção extra. Qualquer coisa que dificulte o acesso."

"Verei o que posso fazer, senhor."

"E não esqueça do exame de DNA. Faça a justiça acelerar isso também. Tome todas as medidas cabíveis, Peter vai tentar sabotar isso também. Sabemos de seu mau-caráter. Seja mais esperto que ele."

"A ação de DNA já foi proposta ontem mesmo. Agora entrarei com o pedido de proteção. Não se preocupe Martinucci."

"Não estou preocupado com as consequências legais," minha voz saiu como gelo. "Você que deveria se preocupar, Hobbins, porque se não conseguir mantê-lo longe deles, terá que começar a preparar minha defesa por homicídio."

Ele riu nervosamente do outro lado da linha. "Leonardo, sei que está alterado, mas..."

"Não é uma ameaça," cortei secamente. "É uma promessa. A vida deles vale mais que qualquer coisa agora. Inclusive minha liberdade." Fiz uma pausa significativa. "Faça acontecer o que mandei. E Hobbins? Não teste minha paciência nesse assunto."

Desliguei o telefone enquanto saía do quarto, a fúria controlada em cada passo. Era o tipo de raiva fria que eu conhecia bem, a mesma que me fez construir um império. Mas agora tinha um propósito muito mais vital.

Magnus escolheu esse momento para entrar na sala. Seu sorriso habitual morreu ao me ver, terno impecável, postura rígida, o olhar que fazia executivos tremerem em reuniões.

"Voltamos aos negócios?" perguntou cautelosamente, reconhecendo os sinais.

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