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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 48

Leonardo

Quando voltei para a suíte, o silêncio me atingiu como um soco. Louis, que horas antes pulava em meus braços, agora se escondeu atrás das pernas de Amber. Bella nem mesmo ergueu os olhos de seu desenho. Meu comportamento anterior tinha assustado não só as crianças, mas destruído a confiança que estava começando a construir.

"Precisamos conversar," falei, tentando suavizar meu tom. A expressão de Amber era uma mistura de medo e desconfiança.

"Crianças," ela chamou. "Vão brincar no quarto."

"Não," cortei, mais ríspido do que pretendia. Louis se encolheu ainda mais. Droga. "Quero dizer... fiquem. Por favor."

Me aproximei devagar, me ajoelhando na altura deles. "Me desculpem por mais cedo. Às vezes o tio Léo precisa resolver problemas de adultos, mas isso não significa que não gosto de vocês ou que estou bravo com vocês. É só...difícil ter que lidar com algumas coisas."

"Você ficou igual ao papai," Bella murmurou, ainda sem me olhar.

Aquilo doeu mais que qualquer soco. "Nunca," minha voz saiu baixa e fraca. "Nunca serei como ele, principessa. Prometo."

Tirei do bolso dois pequenos pacotes que tinha comprado na loja de presentes do hotel no caminho de volta. "Olha só o que eu trouxe."

Os olhinhos curiosos finalmente encontraram os meus. Dentro dos pacotes, dois pingentes, um dragão para Louis, uma coroa para Bella.

"Para espantar os monstros," expliquei para Louis. "E para minha princesa nunca esquecer quem ela é."

O sorriso tímido deles valeu cada centavo. Mas a expressão de Amber continuava tensa.

"Eu não tenho um colar para colocar ele." Bella olhou para mãe. "Podemos comprar um colar, mamãe?" ela falou e Amber pareceu sair do torpor e se abaixou, para olhar nos olhos da filha.

"Claro meu amor, vamos comprar um para você colocar o seu presente." ela desviou o olhar do meu rapidamente e se virou para Louis. " E o seu, podemos colocar no Dino, o que acha?" ele concordou.

"Agora sim, eu gostaria de falar com a mãe de vocês a sós." falei e os dois pares de olhos voltaram a tensão.

"Você vai brigar com a mamãe?" Bella falou baixo, e Amber se levantou levando a mão a boca.

"Não, minha princesa, eu não vou brigar com a sua mãe, eu só preciso passar para ela, coisas chatas de adultos." Ela não parecia acreditar em mim e me senti ainda pior.

"Você jura?" ela falou, e Louis pareceu ainda mais interessado em minhas palavras.

"A mamãe não fez nada para te deixa bavo." Sem perceber eu puxei os dois para mim de uma vez só e beijei o topo de suas cabeças.

"Eu nunca faria mal a mãe de vocês. Não tenham medo de mim. Eu só sou bravo com as pessoas más."

"Nós não somos pessoas malvadas. "Louis falou revoltado.

"Não, não são." falei olhando nos olhos dos dois.

"Então você é como um super-herói?" Amber riu e ergui os olhos vendo sua expressão.

"Eu acho que não chego a tanto, não tenho super poderes." eles concordaram e me abraçaram e então saíram correndo para o quarto.

Assim que eles passaram pela porta, tentei me aproximar de Amber, mas ela mantinha uma distância considerável de mim, e aquilo me frustrou.

"Precisamos voltar para Colorado Springs," soltei.

"Quero meus filhos vivos!" sua voz subiu.

"E eu quero o mesmo. Mas não podemos nos esconder aqui para sempre, ainda mais que... Peter já sabe que estamos aqui." ela levou as mãos a boca, seus olhos ficando marejados. Ignorei sua resistência e a segurei pelos braços.

"Ele vai nos matar..." a frase saiu em um sussurro.

"Não, não vai... Ele mexeu com quem não devia, B. Ele sabia que teria consequências quando eu descobrisse." ela tentou se soltar, mas não deixei.

"Você mesmo disse que não é um super-herói." sorri de lado e puxei-a pelo pescoço, a trazendo para mais perto.

"Não, mas eu sei que posso resolver essas questões." massageei seu pescoço, com a ponta dos meus dedos, sentindo sua tensão. Lentamente ela apoiou suas mãos em meu peito.

"Três horas," falei. "É o tempo que temos para decidir. Depois disso, as consequências serão inevitáveis."

"E se eu não quiser ir?"

"Então vou ter que sequestrar vocês," sussurrei em seu ouvido. "Porque não existe a possibilidade de eu deixá-los para trás."

O arrepio que percorreu seu corpo não passou despercebido. Nem o modo como seus lábios se entreabriram, me convidando a repetir o beijo da noite anterior.

"Mamãe?" a voz de Bella quebrou o momento. "Vamos volta para casa?"

Casa. A palavra pairou entre nós como um presságio.

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