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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 62

Leonardo

A fúria ainda corria em minhas veias, misturada com uma satisfação sombria. Calton tinha finalmente mostrado seu verdadeiro rosto, não para mim, que sempre soube quem ele era, mas para as câmeras de segurança que registraram cada segundo de sua explosão.

Ele veio até mim, e não o contrário. Ele simplesmente cavou a própria cova.

Os olhos de Amber não desgrudavam da mancha vermelha em minha camisa. O medo em seu olhar me levou três anos atrás, ao dia em que ela simplesmente desapareceu. Na época, prometi que se a encontrasse, eu a faria pagar por tudo o que tinha me feito perder. Mas agora, que eu via que nada daquilo foi proposital, e que o plano ia bem além do que eu imaginava, eu só queria protegê-la.

Antes que pudesse tranquilizá-la, seus dedos já trabalhavam nos botões da minha camisa, afastando o tecido com urgência. Tentei não demonstrar dor quando o tecido roçou o ferimento.

Quando ela viu o corte, algo em seu olhar me partiu por dentro. Era culpa, era dor, sentimentos que eu não queria que ela carregasse.

"Não é nada," tentei amenizar, mesmo sentindo a queimação se intensificar. "Nem precisa de pontos."

Ela ignorou minhas palavras, correndo até o banheiro. Observei seus movimentos frenéticos enquanto procurava algo nas gavetas. Voltou com uma toalha úmida, seus dedos tremendo levemente ao limpar o ferimento.

"Como ele chegou tão perto?" sua voz mal passava de um sussurro.

"O levei ao restaurante, não ao escritório," expliquei, segurando sua mão para que parasse um momento. "Queria um ambiente controlado, com testemunhas."

"Por quê?"

"Porque conheço homens como ele. Deixei que falasse, que se sentisse no controle." Toquei seu rosto, forçando-a a me olhar. "Sobre você, sobre as crianças, sobre como faria coisas piores se não os 'devolvesse' a ele."

"O que exatamente ele disse?"

"Nada que valha a pena repetir," fechei os olhos por um momento, controlando a raiva que voltava. "O importante é que não mordi a isca. E isso o enfureceu."

"Ele se enfurece por qualquer coisa." ela tentou novamente limpar o ferimento e deixei, para que ela se focasse em algo além daquele idiota. "Ele fez isso com uma faca?" ela questionou levantando os olhos em minha direção.

"Sim, ele a arremessou em minha direção. Foi um movimento desesperado. Meus seguranças o dominaram imediatamente."

Do quarto ao lado, ouvi Louis murmurar algo em seu sono. Como Peter ousava ameaçar essas crianças? Como ousava tentar destruir essa família que apenas começava a se reconectar?

"A polícia já está com ele," continuei. "Terá muito a explicar. Ele veio atrás de nós e não o contrário e o mandado de restrição é bem claro."

Lágrimas começaram a escorrer por seu rosto. "Eu só trouxe problemas," ela se afastou, abraçando o próprio corpo. "Você não deveria ter se machucado por minha causa."

Não consegui conter o riso, o que a fez me olhar confusa. Puxei sua mão, jogando a toalha no chão e admirando sua beleza antes de pronunciar o nosso destino.

"Isso?" indiquei o corte. "Isso é apenas o começo da guerra, B. E você precisa estar preparada para o que ainda virá."

Porque Peter Calton podia ter roubado três anos de nossas vidas.

"Ele nunca vai parar." ela acariciou meu rosto.

"Então nós também não iremos." falei sorrindo.

"E Martina? Ela é sua noiva e você..." parece que toda a razão tinha voltado ao seu corpo. "Isso é errado. Não posso ficar com você enquanto está com ela." ela se afastou, e passei as mãos pelo cabelo frustrado.

"Esqueça esses dois, eles não fazem parte do nosso futuro." bufei, a vendo se sentar na cama.

"Sim, Leonardo, eles fazem. Eles são parte do nosso passado, presente e futuro, e até que resolvamos isso, acho melhor..." não deixei ela terminar a frase, me deitei sobre ela, fazendo seu corpo colidir com a cama, seus olhos arregalados analisando meu rosto.

"Você está errada."

***mais tarde farei o 4° capítulo de hoje.

Desde ontem estou com febre, e está complicado escrever, mas prometo que o farei!!

Obrigadaaa!!!

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