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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 69

Amber

Fechei a porta do escritório com tanta força que meus dedos formigaram. A raiva e o medo se misturavam em meu estômago enquanto corria pelos corredores do hotel. Leonardo ia destruir tudo, me expor, nos colocar em risco. E para quê? Para provar que podia vencer Peter em seu próprio jogo? Que me colocando em evidência faria Peter desistir?

Eles vão se matar, o pensamento me atingiu como um soco enquanto subia no elevador. Leonardo e Peter vão se destruir, e não se importam com quem vão machucar no processo.

Entrei na suíte como um furacão. Precisávamos fugir. Agora. Antes que tudo desmoronasse, antes que os destroços deles nos atingissem de novo.

Porque sim, mesmo sem memória eu já tinha entendido, minha vida tinha se tornado essa montanha russa, por que os dois se odiavam.

"Como você pode ser tão cega? Ninguém ajuda ninguém sem algo em troca." limpei as lágrimas que insistiam em cair.

No quarto, minhas mãos tremiam enquanto procurava algo para carregar nossas coisas. Encontrei uma bolsa de viagem grande no closet e comecei a jogar algumas roupas minhas dentro dela, sem me importar com organização.

No quarto de Leonardo, a culpa me corroeu enquanto revirava suas gavetas procurando dinheiro. Algumas notas estavam em uma pasta, não era muito, mas nos daria alguns dias de vantagem. Era roubo? Provavelmente. Mas ele não me deixou escolha.

"Ah Leonardo, por que você tem que ser tão cabeça dura..." me olhei no espelho, tentando afastar a enxurrada de lágrimas que descia por meu rosto. Fui até o banheiro e abri a torneira para lavar meu rosto.

"Calma," murmurei para mim mesma, pressionando as mãos contra o peito onde a dor parecia querer me rasgar por dentro. "Calma, Amber." Encostei na parede fria, fechando os olhos e inspirando profundamente pelo nariz, soltando devagar pela boca, como a terapeuta tinha me ensinado nas poucas sessões que tive com ela. Um, dois, três... contei mentalmente até a sensação de pânico diminuir. Quando finalmente consegui controlar minhas mãos trêmulas, voltei ao quarto e organizei metodicamente tudo sobre a cama. "Respira. Não pode entrar alterada no quarto das crianças ou as babás vão perceber que algo está errado."

Forcei meus músculos a relaxarem, mesmo quando cada fibra do meu ser gritava de raiva. Como ele ousava decidir expor minha vida assim? Como podia ser tão prepotente?

"Podem ir fazer seu lanche," falei para as babás quando entrei no quarto das crianças, orgulhosa de como minha voz soou casual. "Vou ficar um pouco com eles."

Esperei até a porta fechar, contando cada segundo.

Enquanto as risadas deles ecoavam pelo quarto, separei algumas peças de roupa. No quarto de Leonardo, cada movimento de guardar as roupas na bolsa parecia uma traição. Parei por um momento, o perfume dele ainda presente no ambiente me fazendo questionar tudo. Balancei a cabeça afastando a hesitação e coloquei a bolsa no ombro, seu peso parecendo muito maior do que realmente era. De volta ao quarto das crianças, me permiti observá-los por um momento, Louis empurrando seu carrinho fazendo "vrum-vrum" e Bella dando comidinha para sua boneca. A cena era tão perfeita, tão normal... Por um segundo, minha resolução vacilou. Seria mesmo necessário? Mas então a voz de Leonardo anunciando a coletiva de imprensa ecoou em minha mente, e soube que não tinha escolha. Precisava protegê-los, mesmo que isso significasse machucá-los um pouco agora.

"Vem," chamei os dois. "Rápido, vamos fazer uma viagem."

"Mamãe?" Louis largou seu carrinho, "Viajar para onde?"

"O que aconteceu?" Bella parou de pentear sua boneca. "O tio Leo vai também?" ela perguntou, e meu coração apertou ao ver a esperança em seus olhos.

"Mama..." Louis soluçava, agarrado ao seu carrinho. "Po favô, não quelo i..."

"Fica aqui!" ordenei, correndo atrás de Bella.

A encontrei encolhida dentro do armário, escondida entre os cabides, abraçando os joelhos.

"Vem cá," a peguei no colo, mesmo com ela se debatendo.

"Não quelo! Não quelo!" ela gritava, lágrimas escorrendo. "Quelo fica com tio Leo! Ele plometeu cuida da gente!"

Me virei para sair do quarto, Bella ainda se debatendo em meus braços, quando uma voz me congelou no lugar.

"Vai a algum lugar?"

O silêncio que seguiu foi quebrado apenas pelos soluços abafados de Bella contra meu ombro.

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