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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 79

Leonardo

O mundo voltou em fragmentos confusos. Primeiro veio o cheiro de hospital, antisséptico e artificial. Depois, a dor no braço esquerdo, uma queimação constante que pulsava no ritmo do meu coração. Tentei me mover e descobri que estava imobilizado.

Abri os olhos devagar, piscando contra a luz fraca do quarto. A primeira coisa que vi foi Martina dormindo numa poltrona próxima à cama. Seu pescoço estava em um ângulo estranho, o vestido vermelho amassado. A visão me trouxe sentimentos contraditórios, raiva por não ser quem eu queria ver ali, alívio por saber que ela não estava no hotel causando problemas para Amber.

"Martina," minha voz saiu rouca. " Martina..." esperei até que ela se mexesse.

Ela acordou assustada, levando um momento para se situar. "Leo! Não se mexa muito," levantou-se, ajeitando o cabelo.

"Que horas são?" falei ignorando seu comentário.

"São quatro da manhã." ela falou olhando no celular.

Assenti devagar, a cabeça ainda pesada pelos medicamentos. "Por que não foi para casa?"

"Como poderia?" aproximou-se da cama. "Precisava ter certeza que você estava bem. Você pode me achar insensível, mas eu estava preocupada com você. Nunca pensei em ver ninguém baleado, muito menos você." concordei, sabendo que era verdade. "Liguei para seus pais." ela falou quebrando o pouco de paciência que eu ainda tinha com ela.

"Você o quê?" a encarei, sentindo a raiva crescer.

"Estava com medo," ela se defendeu. "Precisava dizer que você estava bem. De qualquer forma, eles veriam as notícias. Está em todo lugar que você foi atingido." levei a outra mão a testa, já tenso e preocupado em como tudo ficaria ainda mais caótico.

"Quando eles chegam?" falei por fim, evitando olhá-la.

"Eles já saíram de Positano. Devem chegar aqui perto das 8 da manhã."

Bufei, mas agradeci mesmo assim. Ótimo, Tomaso vai arrancar meu figado quando descobrir sobre Amber, as crianças, as ameaças... Mas isso era problema para depois.

"Sabe quem fez isso?" Martina perguntou, sua voz baixa.

"Sei," respondi seco. "E logo tudo será resolvido."

"Deveria contratar alguém para dar fim nesse maldito!" ela explodiu. "Já chega dessa brincadeira!"

"Não se meta," cortei. "Sei o que estou fazendo."

"Sabe tanto que está aqui, com um tiro no braço!"

"Foi a última vez que ele chegou perto," um sorriso frio surgiu em meus lábios. "Devia ter mirado na cabeça, não no braço."

"Por que ela é tão importante? Porque você simplesmente não deixa que ela se vire com advogados e com a justiça. Por que você quer fazer isso?" tantas perguntas, que minha cabeça começava a doer.

"É uma questão de princípios, Martina. Ele a usou para me atingir e atingir a empresa. Vou ajudá-la a se recuperar, porque se ela não trabalhasse para mim, nada disso teria acontecido." ela bufou.

"Você é o CEO, não precisa se preocupar com isso, pode pagar alguém para fazer. Não seja emotivo." fechei os olhos, querendo acabar logo com essa discussão.

"Vamos fazer assim. Quando eu tiver de alta, vamos sentar para conversar de uma vez por todas. Resolver todas as nossas pendências e encerrar qualquer mal-entendido." a encarei e seus olhos escureceram.

"O que quer dizer com isso?" ela voltou a se aproximar.

"Quero dizer que vamos resolver tudo."

"Você não pode estar falando o que eu acho..."

"Eu estou dizendo exatamente o que disse, que vamos nos sentar como duas pessoas civilizadas e acertar tudo o que precisamos entre nós." eu queria confundi-la, mas não sabia se estava dando certo, ou se eu mesmo estava fazendo qualquer sentido.

"Eu...eu...vou esperar, você ainda deve estar alucinando. Descanse, logo o médico virá te ver e seus pais irão chegar." concordei.

"Me dê meu celular, por favor." falei e ela o pegou e me entregou, e disquei para Magnus. Eu precisava de notícias.

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