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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 86

Leonardo

Olhei para o relógio pela décima vez em cinco minutos. Quase oito da noite e eu ainda estava preso naquela cama de hospital. Foi quando o Dr. Stevens entrou no quarto.

"Como está se sentindo, Sr. Martinucci?"

"Bem o suficiente para ir para casa," respondi direto. "Quando posso sair daqui?"

Ele consultou minha ficha, franzindo o cenho. "Gostaríamos de mantê-lo em observação mais um pouco..."

"O que preciso fazer para ir para casa hoje?"

"Sr. Martinucci..."

"Doutor, sou um homem ocupado. O que posso fazer?"

Ele suspirou. "Se prometer manter repouso absoluto, posso providenciar monitoramento domiciliar."

"Perfeito. Quero sair agora."

"Para quem devo ligar informando sobre sua alta?"

"Ninguém. Eu mesmo falo com meu segurança."

"Mas qualquer coisa diferente, volte para o hospital imediatamente. Por mais que tenha sido um caso simples, não podemos ser negligentes. O senhor tomou um tiro."

"E o senhor já tirou a bala. Caso encerrado." falei começando a afastar a coberta. "Tenho certeza que irei me recuperar melhor em casa com a minha família."

"É o que eu espero, senhor." ele assinou algo. "Em meia hora poderá sair, vou apenas terminar de solicitar o monitoramento." concordei.

"Obrigado."

Assim que ele saiu, peguei o celular.

"Magnus, venha me buscar, estou de alta. E mantenha segredo, quero fazer uma surpresa."

"Claro, chefe. Eles vão adorar. Os pequenos já perguntaram sobre você, varias vezes." aquilo pareceu melhorar ainda mais meu humor.

"Sério?"

"Sim, mas em dez minutos estou aí. Fique pronto."

"Sabe que estarei." desliguei o celular com o coração mais ansioso do que antes. O que eles diriam quando me vissem com o braço enfaixado?

Olhei para a camisola do hospital e para a pequena mala que Magnus tinha trazido mais cedo. Com cuidado, me levantei, arrastando o suporte do soro comigo. Peguei um short e uma camisa leve.

A enfermeira apareceu logo depois. "Deixa eu ajudá-lo," ela removeu o acesso do meu braço com destreza. "O senhor precisa manter o ombro imóvel por pelo menos uma semana. Os pontos são delicados. Teve muita sorte, a bala não atingiu nada vital."

Amber congelou por um segundo, antes de se virar bruscamente.

"Leo! O que... como...?"

"Shh," coloquei um dedo em seus lábios, olhando para o grupo que ainda não tinha nos notado. "Não vamos interromper a história."

Seus olhos brilhavam com lágrimas contidas. "Você deveria estar no hospital."

"O único lugar onde deveria estar é aqui," puxei-a mais para perto com meu braço bom. "Com vocês."

A voz de minha nonna fluía suave, mesclando italiano e português enquanto narrava uma antiga fábula que eu conhecia de cor. Louis tinha a mesma expressão concentrada que eu costumava ter quando criança, enquanto Bella ocasionalmente fazia perguntas, exatamente como Francesca fazia.

"Parece que ela já os aprovou," murmurei, mais para mim mesmo que para Amber.

"Eu não quero criar expectativas, mas como não fazer quando eles estão assim? Tão felizes...sendo amados por pessoas que nunca os tinham visto?" seus olhos brilhava uma verdade que eu conhecia bem.

"Minha nonna nunca se engana. Ela já os reconhece, assim como eu, basta apenas você aceitar." ela mordeu o lábio e o soltei com meu polegar.

"Eu não quero me decepcionar." ela sussurrou, mas em seus olhos eu via o desespero.

"Você não vai."

Ela entrelaçou seus dedos nos meus, e naquele momento, com o som das risadas das crianças e a voz de minha nonna ao fundo, senti que finalmente estava em casa.

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