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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 89

Amber

Estava quase cedendo aos seus beijos quando algo úmido tocou meus dedos. Uma sensação gélida atravessou meu corpo, e me afastei rapidamente, olhando para ele. Meu coração quase parou ao ver o sangue manchando a bandagem em seu peito. A cor rubra escorria lentamente, um contraste alarmante contra a sua pele pálida.

"Meu Deus, Leo!" minha voz saiu trêmula enquanto eu saltava de seu colo. Em um movimento quase automático, estiquei o braço para o interruptor ao lado da cama. A luz iluminou o quarto, revelando a pequena mancha que crescia na bandagem.

Ele suspirou, tentando minimizar a situação e esticou a mão boa para me puxar de volta. "Ignore isso," murmurou, o tom rouco e determinado. "Não é nada."

"Nem pensar!" disse, já caminhando apressada em direção ao banheiro. "O que precisamos fazer? Olha o que me fez fazer? Como pode ser tão teimoso?" Peguei uma toalha limpa e voltei para ele, o coração batendo forte.

"Você acha que pode resolver tudo com um sorriso presunçoso?" ralhei, inclinando-me para limpar o sangue com delicadeza. Seu toque foi inesperado quando ele inclinou-se para beijar minha testa. Meu corpo enrijeceu, e olhei para ele, irritada e preocupada.

"Para de sorrir! Isso é sério," insisti, tentando manter a firmeza na voz enquanto continuava limpando a área com cuidado. "Você só foi liberado por que prometeu ficar de repouso. Acho que vou ligar para o hospital. Você deveria voltar lá e ver se não estourou um ponto."

"Nem pensar." seus olhos permaneciam quentes.

"E se não parar de sangrar? O que vamos fazer? Não pode perder sangue assim, já perdeu muito depois que levou o tiro... não pode simplesmente..." ele ergueu meu rosto em sua direção com o dedo indicador.

"Obrigado," ele murmurou, descendo a mão e segurando a minha com sua firmeza habitual.

"Pelo quê?" perguntei, surpresa.

"Por cuidar de mim," ele respondeu, e algo no tom dele me fez parar por um instante.

"Eu causei isso," suspirei profundamente, a culpa crescendo. "Por ser tão fraca quando você me toca."

Ele riu daquela forma descontraída e irritantemente convincente. "Não é fraqueza, B. É química. é desejo. É tesão. Nossos corpos se desejam mais do que podemos expressar. É uma resposta natural para o que nós somos."

O que nós somos? Aquela pergunta ecoou em minha mente, e pensei em perguntar, mas eu sabia que se a fizesse, Leonardo me enrolaria novamente, e eu acabaria em seu colo novamente, me perdendo de vez e entregando a ele todo meu ser.

"Chega." Me afastei dele, balançando a cabeça para dispersar o calor crescente em meu rosto. "Agora vamos só dormir. E só chego perto de você quando estiver realmente curado."

Ele bufou, passando a mão pelos cabelos com frustração. "Isso não vai me matar."

"Quer que eu durma em outro quarto?" questionei, cruzando os braços.

"Não ouse," ele respondeu rapidamente, os olhos fixos em mim com intensidade.

"Então fique quietinho." Minha tentativa de soar firme foi quebrada por um sorriso que escapou.

"Pode descansar," ele respondeu, sua voz mais suave, quase um sussurro. "Mesmo capenga, ainda consigo proteger você."

"Você não existe," murmurei, sorrindo sem querer. Havia algo desarmante em sua confiança, mesmo na vulnerabilidade.

Sua mão começou a acariciar meus cabelos, os dedos deslizando suavemente pelas mechas. Era um gesto quase hipnotizante, que me fazia esquecer da tensão de minutos atrás.

"Descanse, amore," ele disse, sua voz carregada de ternura. "Amanhã será um dia melhor."

Fechei os olhos, sentindo o toque dele. Era incrível como ele tinha o poder de acalmar todas as minhas inseguranças. Ele sabia o que fazer para me fazer sentir segura, mesmo que as circunstâncias fossem terríveis.

"Leo?" chamei baixinho, já sentindo o sono pesar.

"Hm?" ele respondeu, sem parar de acariciar meu cabelo.

"Não faça mais isso," murmurei sonolenta, lutando contra o cansaço. "Não se machuque por mim."

"Shh," ele murmurou em resposta, o toque dele firme e tranquilizador. "Durma."

Adormeci embalada por suas palavras, mesmo sabendo no fundo que ele faria tudo novamente se fosse necessário. Era isso que ele fazia, ele nos protegia com intensidade, sem medir as consequências. E talvez fosse exatamente por isso que eu estava tão irremediavelmente apaixonada por ele.

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